sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sustentabilidade será tema central do Réveillon de Copacabana


Bradesco, Coca-Cola, Oi e Petrobras patrocinam festa, que deve receber dois milhões de pessoas.
 por Bianca Montarroyos

Sustentabilidade será o tema da festa de Réveillon deste ano em Copacabana, no Rio de Janeiro. Com público estimado em dois milhões de pessoas, a festa contará com cenários aliados a novas tecnologias: quatro palcos e 11 balsas com fogos, com previsão de um espetáculo de luzes de 16 minutos. A produção é da SRCOM, com patrocínio de Bradesco, Coca-Cola, Oi e Petrobras.

Para o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello, a mensagem sustentável do Réveillon será o pontapé inicial para o Rio+20, conferência mundial das Nações Unidas que acontecerá no Rio de Janeiro em 2012. “A sustentabilidade é um dos assuntos mais relevantes em todo o mundo. Queremos que as pessoas percebam isso e façam a sua parte”, declarou Mello.

O evento terá diversos pilares sustentáveis em sua produção: todas as lonas usadas serão reaproveitadas e transformadas em estojos para as escolas municipais de Copacabana. Haverá ainda a neutralização dos fogos durante a queima, gerando assim menos fumaça. Segundo Flavio Machado, sócio-diretor da SRCOM, o público será convidado por meio de um vídeo voltado à sustentabilidade a participar, antes da contagem regressiva, de um momento de reflexão com duração de um minuto. “Cada um de nós poderá fazer a sua parte contribuindo com ações mais sustentáveis inclusive no dia do evento. A todo o momento, o publico será lembrado a respeito de não jogar seu lixo na areia ou nas ruas, para que assim no dia primeiro as praias estejam menos poluídas”, contou Machado.

O evento vai contar com a parceria da Brasil/S, consultoria de sustentabilidade que, por meio de uma cooperativa de catadores, vai promover a gestão dos resíduos originados pela produção do evento, além do cálculo da neutralização de carbono de todas as atividades que gerarem emissões, como deslocamento de integrantes da produção e de artistas e queima de fogos. O resultado desses cálculos serão fornecidos em janeiro de 2012.

Os fogos assinados pela Pirotecnia Igual, de Barcelona, na Espanha, terão seis fases temáticas. Na primeira fase, a praia ficará toda verde, dando as boas-vindas ao Rio+20; na segunda, toda vermelha em referência à energia do sol; na fase três aparecem os elementos ligados à água; na fase quatro elementos ligados à fauna e à flora; a fase cinco faz menção ao vento com som de assovios; e a última fase traz a cor dourada relativa ao otimismo.

Flávia Serra, gerente de projetos da SRCOM, explica que todas as marcas patrocinadoras terão ativações em comum e também farão suas próprias ações. “As ativações comuns a todas as marcas patrocinadoras estarão nas torres de som, que geram uma visibilidade muito grande, e em mais de 200 galhardetes espalhados por todo o bairro de Copacabana, com uma pegada de sustentabilidade. Além disso, as marcas estarão presentes nos quatro palcos, assim como terão espaço nas redes sociais, com os links para o público acessar”, contou Flávia.

Segundo a executiva, houve um grande engajamento em torno do tema sustentabilidade por parte dos patrocinadores e, com isso, alguns deles decidiram potencializar esta oportunidade. A Coca-Cola fará, pela segunda vez consecutiva, uma ação de inclusão social em seis comunidades pacificadas próximas à Copacabana. A empresa promoverá um cadastramento para recrutar ambulantes e dará um isopor com um colete e um crachá, que será a autorização oficial para trabalhar legalmente no Réveillon de Copacabana. Os kits serão distribuídos dois dias antes do evento na Vila Olímpica da Gamboa, na base do Morro da Providência, zona portuária do Rio de Janeiro, onde a Coca-Cola fará um pequeno reparo nas quadras e nos banheiros, deixando isso como legado. Além disso, a empresa terá um palco montado no Leme que também terá uma ativação específica.

Petrobras e Oi também farão sua ativações próprias. A Petrobras terá telões em quatro postos de Copacabana com conteúdo temático que faz referência às ações de sustentabilidade. A empresa montará um aparato para colher mensagens relativas a 2012, durante o evento, que serão exibidas nestes telões. Já a Oi terá uma ação com wi-fi e  um palco Oi Novo Som com VJ.

“Adequamos o evento ao interesse de cada patrocinador, procuramos saber o que eles realmente querem comunicar e como eles querem atingir o publico. É uma oportunidade muito bacana falar numa noite só com dois milhões de pessoas”, disse Flávia, que destaca a parceria com o Solar Meninos de Luz, ação voltada para inclusão social. “Estamos utilizando a parceria com o Solar Meninos de Luz, associação do morro do Pavão Pavãozinho, conjunto de favelas localizado em Copacabana, que já existe há 20 anos. Nós receberemos 15 jovens na faixa dos 16 anos para trabalhar conosco durante a festa, aprendendo sobre  toda a produção de eventos. Já estamos pensando em oportunidades de trabalho para eles nos próximos eventos sediados no Rio de janeiro”, contou.

As plataformas digitais do Réveillon de Copacabana são assinadas pela Diz’Ain Soluções Interativas. Já o conteúdo é produzido pela SRCOM e pela Contente Entretenimento. Todo o conceito das plataformas foi criado pela SRCOM. O site do Réveillon em Copacabana já esta disponibilizado para qualquer dúvida sobre o evento: www.copacabanareveillon.com.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Maranhão é o estado que mais desmata florestas, desde 1980.


SÃO PAULO - O Maranhão foi o estado que desmatou com maior rapidez áreas de floresta de 1980 para cá. Segundo dados do mapa de recursos naturais, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só restam 31% das áreas de floresta densa e 0,09% da floresta aberta(babaçu) do estado. É preocupante também a velocidade de devastação do cerrado, cuja área já foi reduzida em 25%, passando de 74.288,57km{+2} de vegetação natural para os atuais 57.130,04 km{+2}. Num estudo que considera apenas a Amazônia Legal, o Maranhão é o estado que possui maior área devastada, seguido por Tocantins e Mato Grosso.
- A soja ocupou as áreas de cerrado, no topo das chapadas. O mais preocupante é que nestas chapadas estão as nascentes dos três principais rios do estado, que são o Parnaíba, Mearim e Itapecuru. Ao contrário da vegetação natural, a lavoura impermeabiliza o solo, faz com que a água escorra, promovendo enchentes, e, ao mesmo tempo, reduz a vazão dos rios - explica Pedro Leal Bezerra, da gerência de recursos naturais do IBGE.
No caso das florestas, segundo o IBGE, elas estão restritas basicamente a áreas protegidas, especialmente reservas indígenas. Para Bezerra, se o Código Florestal, a ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, for de fato cumprido, o problema será solucionado. Se não houver fiscalização nos estados, porém, a devastação tende a continuar em ritmo acelerado.
Além de modificar a infiltração de água no solo, a atividade agrícola traz risco de contaminação por defensivos agrícolas.
O Maranhão poderia ainda usar menos água de rios para o consumo humano e para as lavouras. O mapa mostra que o estado possui aquíferos com volume estimado de 17.500 km³. Eles estão na bacia do Rio Parnaíba, nas rochas de Cabeças, Serra Grande, Sambaíba, Corda, Grajaú, Itapecuru, Ipixuna e Barreiras, com vazões que podem atingir 1.000 m³/h. A bacia sedimentar do Parnaíba tem, no total, 600 mil km², e, além do Maranhão, se estende pelos estados do Piauí e Pará.
- O estado usa principalmente a água superficial dos rios para abastecimento. Essas águas poluídas exigem tratamento, o que as torna caras para o consumo. Se usasse o aquífero, o Maranhão teria água potável, sem poluição alguma e que não exige tratamento. Basta furar poços. É uma alternativa bem mais barata - diz Bezerra.
O mapa, feito com auxílio de imagens de satélite, inclui os biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga e seis tipos de vegetação: Floresta Ombrófila Densa (com árvores que não perdem as folhas na estação seca), Floresta Ombrófila Aberta (dominada por babaçu e/ou cipós), Floresta Estacional Semidecidual (com árvores que perdem parte das folhas na estação seca), Floresta Estacional Decidual (com árvores que perdem mais de 50% das folhas na seca), Savana(Cerrado) e Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido) e as Áreas de Formações Pioneiras (várzeas e mangues, principalmente).
No Maranhão, restam 44,87% da floresta semidecidual e 24,11% da decidual.
O mapa revela ainda falhas geológicas que podem guardar minérios importantes a serem explorados na região das serras Pirapemas, Picos-Santa Inês, Tianguá-Carolina e Transbrasiliano. Em 2010, foi descoberta reserva de gás natural em Capinzal do Norte na região de Picos-Santa Inês. Segundo o IBGE, num poço perfurado pela Petrobras na década de 60, na região do município de Balsas, também foram encontrados indícios de gás natural. O município fica na área da falha geológica Tinguá-Carolina.
O Maranhão, segundo o IBGE, tem solos ao Sul e Norte do estado que precisam ser alvo de preservação ambiental, por apresentar alto risco de erosão. O mapa de recursos naturais do país deve ficar pronto em 2014. A primeira área mapeada foi a da Amazônia Legal e o Maranhão foi o último estado a ter seus dados detalhados.

Homem é detido com mala cheia de cobras em aeroporto na Argentina


  Um cidadão tcheco foi preso ao tentar embarcar em um avião no Aeroporto Internacional de Buenos Aires com centenas de cobras venenosas e répteis ameaçados de extinção escondidos dentro de sua bagagem.

Karel Abelovsky, de 51 anos, tinha em suas malas 247 animais escondidos dentro de sacos e até meias. Cada um dos recipientes trazia rótulos em latim com o nome científico das diferentes espécies.

Abelovsky foi pego depois que sua bagagem passou pelo exame de raios X e funcionários viram sua mala se mexendo. Ele tentava embarcar em um voo com destino à Espanha.

Em entrevista à agência Associated Press, um oficial de justiça argentino afirmou que ''os funcionários do aeroporto não acreditaram quando viram o movimento dentro da mala''.

Fauna rara

Entre os animais estavam insetos, aranhas, lagartos, cobras venenosas, lesmas e caracóis provenientes do Brasil, Argentina, México e Paraguai.

Muitos deles estão protegidos pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção.

Alguns dos animais foram encontrados mortos, provavelmente sufocados devido à escassez de oxigênio.

Após a apreensão, parte dos animais foi levada para o Zoológico de Buenos Aires, enquanto que as cobras venenosas foram enviadas para o Instituto Nacional de Saúde da Argentina, onde são preparados antídotos utilizando veneno extraído de cobras.

Abelovsky foi solto após pagar uma fiança de US$ 2,5 mil (cerca de R$ 4,6 mil), mas pode enfrentar uma pena de 10 anos de prisão se for condenado.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sony desenvolve bateria sustentável alimentada por resíduos de papel

 
A multinacional japonesa Sony desenvolveu um novo tipo de bateria que funciona utilizando resíduos de papel. A bio-bateria consegue produzir eletricidade transformando papel picado em açúcar, que por sua vez é utilizado como combustível. Se comercializada, a inovação pode permitir que os usuários carreguem seus dispositivos móveis utilizando resíduos do lixo.

O processo funciona usando a enzima da celulose para decompor os materiais em açúcar glicose. Estes são, então, combinados com o oxigênio e enzimas que transformam o material em elétrons e íons de hidrogênio, dando à célula os recursos necessários para fazer uma bateria trabalhar. Este processo é muito parecido com o sistema digestório do cupim que come madeira.

A tecnologia foi apresentada no início de dezembro na exposição Eco-Products 2011, em Tóquio. Na demonstração, os engenheiros da empresa usaram uma pasta de papel (algo como o que é usado para fazer papel machê) e colocaram-na em uma mistura de água. O grupo de pesquisadores disse que a celulose servirá apenas como um catalisador para que ele possa ser usado várias vezes tornando a bateria reciclável e sustentável.

Atualmente, esta bio-bateria é apenas forte o suficiente para rodar um pequeno ventilador. Os pesquisadores da empresa alegam que os resíduos da bateria de papel podem gerar até 18 wh de eletricidade, o que seria suficiente para a maioria dos dispositivos de música digital existentes no mercado.

Ao contrário das pilhas tradicionais, esta não utiliza metais ou outros produtos químicos.

"Claro que a pesquisa ainda está em fases muito precoces do seu desenvolvimento, mas quando você imagina as possibilidades que essa tecnologia poderia oferecer, torna-se muito emocionante, de fato”, disse Yuichi Tokita, pesquisador sênior do Laboratório de Pesquisa de Materiais Avançados da Sony.

A organização ambiental Greenpeace saudou o desenvolvimento: "Qualquer maneira de fornecer uma tecnologia mais verde pode ser uma mágica em potencial. Eu acho fantástico que empresas, como a Sony estejam buscando fazer a geração de energia mais ambientalmente amigável”, disse diz John Sauven, diretor executivo do Greenpeace UK, à BBC.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Governo adia divulgação de plano para cortar emissões de carbono

 
A presidente Dilma Rousseff adiou para abril do ano que vem o prazo para o governo apresentar os planos de corte de emissões de CO2 de 11 setores da economia que integram a meta brasileira de reduções para 2020. 

Como a Folha revelou, o governo não conseguiu fechar os planos, que deveriam ter sido entregues até o dia 15. Como resultado, nenhuma ação foi decidida. 

A indefinição põe em risco o compromisso que o Brasil se impôs em 2010, na lei nacional de mudança do clima, de cortar suas emissões de carbono em até 39% em 2020, em relação ao que emitiria se nada fosse feito. 

"A gente realmente não conseguiu", disse o secretário nacional de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Assad. Ele afirma que 2011 foi "mais um período de convencimento" para os setores que precisarão cortar emissões. 

O único plano que está pronto, segundo o ministério, é o do setor de mineração. Ele teria sido entregue à Casa Civil e deve ficar em consulta pública por um mês. 

E 2012 começa com mais um percalço na área: Assad pediu demissão alegando problemas de saúde. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Marca de Tenis Sustentável "Twins for Peace" chega ao Brasil


A missão da empresa é criar sapatos simples e elegantes assim como socialmente responsáveis/Foto:divulgação

A linha de tênis Twins for Peace chegou ao Brasil em novembro, por meio da Acaju, agência especializada em trazer marcas internacionais ao país . A grife francesa fabrica tênis artesanalmente utilizando 90% de matéria-prima reciclada, além de aliar responsabilidade social e moda com projetos ao redor do mundo.
 
De acordo com a empresa, a sua missão é criar um produto simples e elegante e ao mesmo tempo socialmente responsável. Por isso, quando se compra um par de tênis, outro é doado para uma instituição regulamentada pela Unicef. Essa ação faz parte do Shoe Project da Twins for Peace.
 
Fundada em 2009 pelos irmãos gêmeos Maxime e Alexandre Mussard, herdeiros da maisonde luxo Hermès, a marca doou em 2009 centenas de pares de sapatos para as crianças da favela São Remo, em São Paulo.
 
Segundo os gêmeos, o impacto deste projeto, que ocorreu através da ONG Alavanca, foi tão grande que serviu de inspiração para muitos outros, a exemplo do projeto Moçambique 2010, onde sapatos foram doados para orfanatos.
 
O ex-jogador de futebol Raí foi escolhido pela empresa para ser o embaixador e garoto propaganda da marca no Brasil. Parte da renda obtida com a venda de cada par no país será revertida para a Fundação Gol de Letra, que capacita jovens em situação social de risco, da qual o atleta é diretor.
 
Os calçados já são vendidos nas lojas mais famosas do mundo, como a Colette, Comme des Garçons, Corso Como e Isetan.
 

Rio+20 pode ajudar Brasil a erradicar a miséria

 
Os países que se reunirão na Rio+20 terão a difícil tarefa de encontrar alternativas para o combate à miséria, que só no Brasil atinge 16,27 milhões de pessoas. O desafio amenta ainda mais quando se constata que 6% da população mora em assentamentos irregulares, ocupações de terras e favelas. São 11,4 milhões de brasileiros vivendo em condições precárias, locais de risco, e sem acesso a serviços públicos básicos.

Segundo o estudo Assistência Social - Percepção sobre pobreza: causas e soluções, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os brasileiros não estão otimistas quanto à possibilidade de erradicação da pobreza no País. 48,5% dos entrevistados não acreditam que o Brasil consiga acabar o problema nos próximos anos.

A pesquisa também mostra que, para a maioria dos brasileiros, os motivos que levam a população à situação de pobreza devem ser resolvidos pelo Estado, já que são de natureza estrutural e não individual. 29,4% dos entrevistados apontam o desemprego como a principal causa da baixa renda no Brasil. Em seguida, vem a dificuldade de acesso e a falta de qualidade da educação (18,4%) além da corrupção (16,8%). De acordo com as informações do estudo, apenas 2,8% dos entrevistados apontam a preguiça ou comodismo como causa do problema.

Entre as sugestões para melhorar a renda no País, as mais mencionadas na pesquisa são a criação de empregos (31,4%) e a melhoria da qualidade da educação (23,3%). Entretanto, apesar da percepção social de uma necessidade de geração de empregos, o País vai bem nessa área. A taxa de desemprego caiu para 5,2% no mês de novembro, algo histórico - para se ter uma ideia, na Espanha o índice está em 22%. É o menor patamar já registrado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde que a medição começou a ser feita, em 2002.

Uma oportunidade para avançarmos na superação dessas questões é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre em junho do ano que vem. A Rio+20 terá como tema principal a transição do sistema atual para uma economia inclusiva e responsável. A intenção é mudar o quadro e investir esforços para um tipo de desenvolvimento econômico que seja acompanhado por desenvolvimento ambiental e social, com melhor distribuição de renda, qualidade de educação e democratização de serviços básicos.


 

domingo, 25 de dezembro de 2011

Rio começa a pagar Bolsa Verde em abril de 2012

Rio de Janeiro - O estado do Rio de Janeiro será o primeiro a pagar a Bolsa Verde no país. A iniciativa tem o objetivo de desenvolver um mercado de ativos ambientais para promover a economia sustentável. A Bolsa Verde, que entra em operação em abril de 2012, será o primeiro mercado de carbono brasileiro, em que as indústrias do Rio poderão negociar energia renovável ou biomassa, além da recuperação de áreas florestais e tratamento de resíduos. A expectativa é que no futuro outros estados também possam participar das transações na bolsa fluminense.

O acordo de cooperação foi assinado esta semana entre a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio, a Secretaria de Fazenda do Município do Rio e a Bolsa Verde Rio (BVRio), uma associação sem fins lucrativos.

A Bolsa Verde vai pagar R$ 300 por trimestre a famílias em situação de extrema pobreza que vivam em unidades de conservação e desenvolvam ações para preservá-las. O objetivo é aliar a preservação ambiental à melhoria das condições de vida e a elevação da renda.

Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Rio de Janeiro está dando um passo importante em relação a outros estados, colocando em prática o projeto que fomenta a economia ambiental, além de incentivar uma postura positiva dos produtores de poluentes. “Na verdade você introduz um elemento de mercado que valoriza as empresas que conseguem cumprir além de suas metas de redução de poluentes ou de reflorestamento”, destacou.

Para a secretária municipal de Fazenda do Rio, Eduarda La Rocque, é difícil estimar inicialmente quanto essa economia verde pode movimentar, mas acredita que será algo significativo na economia do estado. Ela disse que serão criados grupos de trabalho para atuar na regulação e acompanhar a legislação tributária do mercado financeiro.

“É um esforço de coordenação para que o estado vire referência no tema. Então a economia do Rio vai sair na frente mostrando como a gente pode articular instrumentos financeiros e o estado com o seu papel regulador, definindo multas, impostos, permissões e de que forma a gente vai regular esse mercado financeiro.”

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal à todos e um grande beijo.




 A todos os meus seguidores do blog, aos meus familiares, amigos blogueiros, tenham um Feliz Natal cheio de paz e esperança. Se dirigir não beba, se beber não dirija. lembre de sua família que em seu lar espera por você, ok.

Um GRANDE beijo a todos e que Deus os abençoe e que te faça prosperar em todas as diretrizes da sua vida e sede um homem fascinado por Cristo, abraços.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ONU anuncia início da Década da Biodiversidade

 
As Nações Unidas anunciaram no último sábado (17) na cidade de Kanazawa, Japão, a “Década da Biodiversidade”. Durante os anos de 2011 a 2020, a ONU quer implementar planos estratégicos de preservação da natureza e encorajar os governos a desenvolver e comunicar resultados nacionais na implementação do Plano Estratégico para Biodiversidade.

“Garantir um verdadeiro desenvolvimento sustentável para o crescimento da família humana depende da diversidade biológica, dos bens vitais e dos serviços que ela nos oferece”, disse o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem lida pelo Subsecretário-Geral para Comunicação e Informação Pública das Nações Unidas, Kiyo Akasaka.
Em sua própria declaração no lançamento da Década, o Sr. Akasaka salientou que ecossistemas estáveis ​​têm a capacidade de criar empregos.

"Apoiando-os, sustentamos o aumento de emprego", disse ele. "Com o mundo passando por uma explosão de jovens, o uso sustentável da biodiversidade não é uma abordagem “ecológica” isolada, mas um pilar indispensável do desenvolvimento sustentável para as gerações futuras", disse Akasaka.
 
No seu discurso, Akasaka ressaltou ainda que a capacidade humana será testada nessa década. “Não podemos reverter a extinção. Podemos, no entanto, prevenir a extinção futura de outras espécies. Para os próximos dez anos nosso comprometimento será de proteger mais de oito milhões de espécies e nossa sabedoria em contribuir com o equilíbrio da vida será posta à prova”, complementou o Subsecretário-Geral.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Onde estão os 7 bilhões de habitantes do mundo?

Imagem: Fathom.


No final de outubro de 2011, a população mundial chegou a 7 bilhões de pessoas: um marco importante, se levarmos em conta que o aumento populacional é um dos principais problemas ambientais do nosso tempo (já que é cada vez maior a pressão sobre os recursos naturais para fornecer alimentos, bens e serviços a tanta gente).
Trata-se de um número impressionante e difícil de imaginar. Mas como essas pessoas estão distribuídas pelo mundo e que países apresentam maior densidade populacional?
Um interessante mapa do site Fathom mostra a densidade populacional em diferentes pontos do planeta por meio de círculos de cores e tamanhos diferentes: os maiores e mais escuros indicam lugares com baixa densidade, enquanto os menores e mais claros destacam os locais mais povoados.
O infográfico permite observar que as áreas mais povoadas se concentram na Índia, Paquistão e China. De fato, a cidade mais povoada é Xangai, com 23 milhões de pessoas em 2010, seguida por Nova Délhi, na Índia, e Karachi, no Paquistão. Seis cidades chinesas figuram na lista de 20 cidades mais povoadas do mundo.
Outras áreas densas podem ser observadas na Europa (embora isso ocorra mais pela área reduzida dos países do que pela alta taxa de natalidade) e em alguns segmentos do continente africano.
Na América Latina, pode-se observar picos de densidade nas capitais, mas também vastas extensões com baixíssimo povoamento. Isso se deve à migração das populações rurais para as cidades em busca de trabalho e melhores oportunidades.
O mapa é uma interessante ferramenta para entender como estão distribuídos os 7 bilhões de habitantes do planeta e compreender melhor nosso lugar no mundo. Você pode obter cópias do mapa no Fathom.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ibama aplica multa de R$ 3.000 a mulher que agrediu yorkshire

 

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

A enfermeira Camila de Moura, 22, suspeita de arremessar e matar um cão da raça yorkshire foi multada em R$ 3.000 pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por maus-tratos contra um animal. As agressões, que aconteceram em novembro, foram filmadas e ganharam notoriedade na semana passada, quando acabaram sendo divulgadas na internet.

Segundo o órgão, a multa foi entregue à enfermeira durante a manhã, enquanto ela prestava depoimento numa delegacia de Formosa (GO), onde um inquérito por maus-tratos foi aberto.
Ainda de acordo com o Ibama, o valor aplicado foi o máximo previsto para casos de maus-tratos a animais domésticos. Moura tem até 20 dias para apresentar sua defesa. 

Caso escolha pagar a multa, ela poderá conseguir um desconto de 30% no valor total. Se resolver apelar da multa, o processo administrativo por crime ambiental, que independe do resultado da investigação policial, será novamente analisado pelo órgão.
Hoje, após prestar depoimento, a enfermeira falou pela primeira vez à imprensa e disse estar "arrependida". 

"Foi um fato isolado. Aquele dia eu cheguei em casa nervosa. A cachorrinha tinha feito xixi e cocô em tudo, em cima do ar-condicionado. Não tive noção do que estava fazendo", disse Moura em entrevista a TVs locais. 

Segundo a polícia, por causa das agressões, Moura pode responder por maus-tratos e por expor uma criança ao constrangimento --as agressões foram testemunhadas pela filha de dois anos da enfermeira.
Após a divulgação do vídeo, no dia 15 de dezembro, as agressões provocaram uma avalanche de mensagens de repúdio em redes sociais. Algumas delas, bastante agressivas, divulgaram dados pessoais, incluindo o telefone e endereço da mulher. 

Outras mensagens, que incluíam petições on-line, pediram a cassação do seu registro de enfermeira junto ao Coren de Goiás (Conselho Regional de Enfermagem).
Na tarde de hoje, o conselho divulgou nota em seu site afirmando que lamenta as agressões contra o animal. No entanto, a entidade afirma que não pretende abrir investigação contra a enfermeira. 

"O campo de atuação de investigação e qualquer tipo de punição por parte do Coren Goiás estão estritamente ligados a infração cometida no exercício profissional", diz a nota. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Açaí, fruto típico de uma palmeira amazônica, ganhou o mundo

 

O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.

O Açaí, fruto típico de uma palmeira amazônica, ganhou o mundo. É vedete nas lanchonetes de cidades litorâneas do Brasil, em quiosques de Los Angeles e Nova Iorque (EUA) e até em Paris (França). Açaí, típico da região Amazônica, fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea, família Palmae)  é muito utilizado pelos habitantes no preparo de sucos, vinhos, doces, licores e sorvetes. O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.    

Na região amazônica, o suco feito com a polpa é conhecido como “vinho de açaí”. Consumido geralmente com farinha de tapioca, faz parte da alimentação local. Hoje, o estado que lidera a produção é o Pará, com quase 90% do mercado, mas o açaí é apreciado em toda a região amazônica e recentemente tem sido também consumido pelos estados do Sul e Sudeste do Brasil, principalmente por academias e atletas.

Açaizeiro.

Despolpamento do fruto   
Pelo despolpamento do fruto, obtem-se o tradicional "vinho do açaí", bebida de grande aceitação e bastante difundida entre as camadas populares, considerado um dos alimentos básicos da região.    O caroço (endocarpo e amêndoa), após decomposição é largamente empregado como matéria orgânica, sendo considerado ótimo adubo para o cultivo de hortaliças e plantas ornamentais.   

Utilização da Estirpe do Açaí   
Quando adulto e bem seco, a estirpe é bastante utilizado como esteio para construções rústicas, ripas para cercados, currais, paredes e caibros para coberturas de barracas, lenha para aquecimento de fornos de olarias. Experiências realizadas pelo Idesp-Pará, demonstraram a sua importância como matéria-prima para produção de papel e produtos de isolamento elétrico.   

A Copa   
As folhas do açaí servem para cobertura de barracas provisórias e fechamento de paredes, especialmente as de uso transitório como as utilizadas pelos roceiros e caçadores. Quando verdes e recém-batidas, servem como ração, sendo bastante apreciada pelos animais. As folhas do açaizeiro, após trituração, também fornecem matéria-prima para fabricação de papel. Na base da copa, constituída pela reunião das bainhas e o ponto terminal do estipe, encontra-se um palmito de ótima qualidade e muito procurado pelas indústrias alimentícias.   

As bainhas da folhas, por sua vez, após separação para extração do palmito e os resíduos deste, são utilizadas como excelente ração para bovinos e suínos, bem como - após decomposição - excelente adubo orgânico para hortaliças e fruteiras.

A Planta   
É palmeira de belo porte, apresentando-se bastante alta, quando em concorrência na floresta, porém de porte médio se cultivada isoladamente ou sem influência de árvores de grande porte. Presta-se com ótimos resultados para ornamentação de jardins e parques. Pelas características de cultura permanente, pode ser recomendada para proteção do solo, por apresentar uma deposição constante de folhas, aliado ao sistema radicular abundante que possui.   

Importância Comercial   
O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos.

Variedades
O açaizeiro apresenta duas variedades bastante conhecidas pelo homem interiorano, cuja diferenciação é feita apenas pela coloração que os frutos apresentam quando maduros, as quais podem ser assim caracterizadas:
Açaí Roxo:   
É a variedade regional predominante conhecida com açaí preto, pois seus frutos apresentam, quando maduros, uma polpa escura, da qual se obtém um suco de coloração arroxeada "cor de vinho", originando assim, a denominação popular de "vinho de açaí".
Açaí Branco   
É assim denominado por produzir frutos cuja polpa, quando madura, se apresenta de coloração verde-escuro brilhante, fornecendo um suco (vinho) de cor creme claro.

Além de ser aproveitado de todas estas formas, o palmito do açai, que é muito apreciado e considerado como um prato fino, é comercializado em grande escala e chega a ser exportado.

Bom para a Saúde   
O mais recente resultado da pesquisa traz nova boa notícia aos consumidores do açaí. Em artigo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, os cientistas descrevem que os antioxidantes contidos no fruto são absorvidos pelo organismo humano. O estudo envolveu 12 voluntários, que consumiram açaí em polpa e na forma de suco, esta última contendo metade da concentração de antocianinas – pigmentos que dão cor às frutas – do que a versão em polpa. Os dois alimentos foram comparados com sucos sem propriedades antioxidantes, usados como controle.   

Amostras do sangue e da urina dos participantes foram tomadas 12 e 24 horas após o consumo e analisadas. Segundo os pesquisadores, tanto a polpa como o suco apresentaram absorção significativa de antioxidantes no sangue após terem sido consumidos. "O açaí tem baixo teor de açúcar e seu sabor é descrito como uma mistura de vinho tinto e chocolate. Ou seja, o que mais podemos querer de uma fruta?", disse Susanne Talcott, principal autora do estudo, do qual também participaram cientistas das universidades do Tennessee e da Flórida.   

Segundo ela, trabalhos futuros poderão ajudar a determinar se o consumo do açaí pode resultar em benefícios para a saúde com relação à prevenção de doenças. O grupo do qual faz parte tem estudado a ação do açaí contra células cancerosas. “Nossa preocupação é que o açaí tem sido vendido como um superalimento. E ele definitivamente tem atributos notáveis, mas não pode ser considerado uma solução para doenças. Há muitos outros bons alimentos e o açaí pode ser parte de uma dieta bem balanceada”, disse Susanne.

O artigo Pharmacokinetics of anthocyanins and antioxidant effects after the consumption of anthocyanin-rich açai juice and pulp (Euterpe oleracea Mart.) in human healthy volunteers, de Susanne Talcott e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Agricultural and Food Chemistry em http://pubs.acs.org/journals/jafca

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A sustentabilidade e os aviõezinhos do Silvio Santos


Estamos vivendo um momento em que a sustentabilidade assume o seu principal papel: fazer com que as empresas comecem a sair da filantropia e despertem para pensar em soluções para o seu negócio.
Mas, como assim?
Assim como cada um de nós tem um impacto no planeta, em alta com as calculadoras de pegada ecológica, as empresas também têm os seus. O que acontece é que muitas vezes, o impacto que uma empresa causa fica ofuscado por investimentos que a empresa faz em ONGs, principalmente em projetos socioambientais.
E o que tem de errado com isso?
De errado, não tem nada. Assim como não tem nada de sustentável. Investimento por investimento não basta, não é suficiente. Na ótica da sustentabilidade, de que adianta você desmatar todo o cerrado, ou extrair todo um minério de uma mina e financiar o Projeto Tamar? É uma esquizofrenia que tem por trás uma luta desesperada pela imagem de bom moço.
Não podemos mais nos deixar influenciar apenas por boas ações de empresas que financiam milhões em projetos socioambientais mas que não olham para o seu processo produtivo e nem para o local onde estão inseridas. Muitas vezes, esses milhões representam 2% ou 3% do lucro total que essa empresa ganha em cima dos nossos recursos, sejam eles naturais ou humanos, e que não estão sendo destinados para o impacto real que essa empresa está causando…
Então, quando você olhar as propagandas nas mídias sobre as tão responsáveis eco-empresas, procurem sempre saber o que realmente essa empresa está fazendo para tornar o setor onde atua mais sustentável.
Qual solução essa empresa está apresentando aos desafios globais da sustentabilidade?
Não seja mais uma vítima de greenwashing, seja consciente e cobre essa consciência. O seu voto é a sua liberdade de escolha. Invista nas empresas que você acredita!
Afinal, você ainda não é o Silvio Santos para sair distribuindo aviõezinhos de dinheiro por aí…

Manaus recebe 280 milhões de dólares do BID para água potável

 
Washington - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta quarta-feira um empréstimo de 280 milhões de dólares para melhorar o acesso à água potável na cidade de Manaus.

O crédito é destinado a um programa que contará com mais 120 milhões de dólares do governo do Estado do Amazonas.

O projeto Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus) já beneficiou, desde 2006, mais de 7.300 famílias, com a instalação de 22.400 metros de sistemas de drenagem, 58.226 conexões de esgotos e 30.076 ruas pavimentadas, destacou o BID.
Fonte: JMA

sábado, 17 de dezembro de 2011

Brasil terá bioinseticida contra dengue em 2012

Por Vladimir Platonow

Rio de Janeiro - O país contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano. Um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e fabricado por uma indústria farmacêutica promete ser divisor de águas na luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

O bioinseticida é resultado de quase dez anos de pesquisas coordenadas pela cientista Elizabeth Sanches, que trabalha na Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de medicamentos. Criado a partir do Bacillus thuringiensis e do Bacillus sphaericus, ele será produzido na forma de comprimidos, para dissolução em caixas d'água, ou em apresentações maiores, para utilização em açudes e reservatórios.

“No caso da dengue domiciliar, é recomendável a utilização do comprimido hidrossolúvel. O produto tem duas ações concomitantes: paralisa os músculos da boca e do intestino da larva e causa infecção generalizada nela”, explicou Elizabeth, engenheira bioquímica e bióloga.

A pesquisadora garantiu que o bioinseticida não apresenta qualquer risco para o meio ambiente. “Nós fizemos todos os testes referentes a impacto ambiental e toxicologia da formulação em animais de sangue quente, inclusive. Temos a segurança dos produtos que desenvolvemos, justamente por serem aplicados em ambientes domiciliares.

A Farmanguinhos concluiu o treinamento dos funcionários da empresa BR3, vencedora da licitação e que poderá iniciar a produção dentro de alguns meses, segundo Elizabeth. “A empresa acabou de ser treinada e está bem adiantada na implantação do projeto. Eu penso que no meio do ano que vem nós já tenhamos produtos dessa parceria tecnológica”.

Além do produto contra a dengue, a Farmanguinhos licenciou mais dois bioinseticidas: contra a malária e contra a elefantíase. A pesquisadora disse que produtos com ações semelhantes já são utilizados em outros países, como a China, mas não podem ser simplesmente importados para aplicação no Brasil: “O produto tem que ser desenvolvido com especificidade para o local de aplicação. Justamente para podermos ajustar a formulação para aquele ambiente”.

Corinthians pode perder “bolada verde” do BNDES

Arena do Corinthians pode ser a única da Copa sem o título de "construção verde"
Por Vanessa Barbosa.

São Paulo – Em obra para a Copa de 2014, o “Itaquerão”, sede do jogo de abertura do campeonato, corre o risco de ficar sem financiamento de R$ 400 milhões de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Para receber o empréstimo, o Corinthians precisa provar que o estádio na Zona Leste de São Paulo será erguido dentro dos padrões da construção sustentável.

Dos 12 estádios que receberão partidas do mundial de futebol, 10 já estão inscritos no processo de certificação verde Leed, fornecido com parcimônia pelo instituto americano Green Building Council (GBC). Só o Corinthians e o Internacional-RS ainda não entraram com o pedido. Eles precisam correr contra o tempo, pois o prazo para apresentar a solicitação de financiamento junto ao BNDES termina no próximo dia 30.

Segundo o gerente técnico do GBC Brasil, Marcos Casado, o Inter já manifestou interesse pela certificação de construção sustentável e até a semana que vem deve inscrever o estádio Beira-Rio no processo. Já o clube paulista permanece uma incógnita.

EXAME.com entrou em contato com Corinthians para saber se o “Itaquerão”, que já tem quase 20% das obras concluídas, vai ou não participar do processo, mas a reportagem não obteve resposta. A bolada verde do BNDES cobriria metade do custo previsto para a construção da nova arena, orçado em até 850 milhões de reais.

“Além do financiamento, a cidade de abertura da Copa pode perder a oportunidade de ganhar um estádio modelo em sustentabilidade”, alerta Casado. Mais, se o Inter realmente entrar com pedido de certificação na semana que vem, o “Fielzão” será o único entre os 12 estádios que receberão jogos da Copa sem o selo de ecológico.

Ecoarenas
Para receber o título de construção verde, os estádios deverão atender alguns pré-requisitos. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do prédio e a baixa produção de resíduos, entre outros itens.

Além disso, as ecoarenas devem respeitar a vários outros critérios que valem pontos e, conforme o atendimento mínimo de 40 dos 110 pontos, a obra obtém o selo nível básico, prata, ouro ou platina, dependendo do desempenho da construção. Entre os estádios-sede da Copa, Brasília é o que tem o projeto mais ambicioso.

O novo Mané Garrincha é a primeira arena de futebol do planeta a buscar a certificação máxima da construção verde. De acordo com o GBC Brasil, o custo inicial de uma obra sustentável é de 1 a 7% maior que uma obra convencional. Porém, o custo operacional tem redução mensal de 9% com economia de água, energia e em gastos com manutenção.

Mais de cem pessoas protestam contra Belo Monte em São Paulo

 
São Paulo - Mais de cem pessoas se reuniram hoje (17) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.
Com cartazes, megafones e instrumentos musicais, os manifestantes – alguns com o corpo pintado de verde – pediram à presidenta Dilma Rousseff que desista de avançar com o projeto.
“É um vasto problema de populações atingidas por barragens, reservas ambientais comprometidas. E para que essa energia? É para exportarmos lingote de alumínio a preço vil e reimportarmos pelo triplo do preço”, disse José Prata, do movimento Brasil pelas Florestas.
Indígenas do Alto Xingu também participaram do protesto, dançaram e tocaram instrumentos tradicionais. O índio Farema, da etnia Kalapalo, disse estar preocupado com a possibilidade de a usina afetar os peixes dos rios da região.
“Não podemos construir essa usina. Nosso alimento é o peixe. Alto Xingu não come animal, só peixe. Estamos preocupados é com a usina acabar com tudo, estragar tudo.”
Ontem (16), o juiz Carlos Eduardo Castro Martins, da 9ª Vara Federal no Pará, determinou a retomada das obras de Belo Monte. A decisão revoga liminar do próprio magistrado, que havia suspendido, em setembro, as obras da usina no curso do Rio Xingu, por entender que ameaçavam o transporte da população local e poderiam causar danos ambientais irreversíveis.

Coca-Cola quer produzir garrafa com origem 100% vegetal

 
A Coca-Cola anuncia parceria com três empresas-líderes em biotecnologia para acelerar o desenvolvimento de embalagens PlantBottle feitas com origem 100% vegetal. Desde o lançamento da garrafa em 2009, a empresa já distribuiu mais de dez bilhões unidades em 20 países.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações sustentáveis da empresa, que monitora a aplicação destes materiais e demais recursos naturais e investe constantemente no desenvolvimento de embalagens inovadoras, como Bottle-to-Bottle e Crystal eco.
Os acordos com a Virent, Gevo e Avantium – especialistas no desenvolvimento de alternativas baseadas em plantas para materiais tradicionalmente feitos de combustíveis fósseis e outros recursos não-renováveis – foram assinados após uma pesquisa de dois anos, realizada pela equipe de Pesquisas e Desenvolvimento e do conselho técnico da The Coca-Cola Company.
“Embora a tecnologia para criar materiais biológicos renováveis em laboratório tenha estado disponível há anos, acreditamos que estas são empresas que detêm tecnologias com alto potencial para criá-los em escala comercial global dentro dos próximos anos”, disse Rick Frazier, vice-presidente de Suprimento de Produtos Comerciais da Coca-Cola. “Este é um significativo investimento da área de Pesquisas e Desenvolvimento em inovação em embalagens e é o próximo passo na direção da nossa visão de criar todas as nossas embalagens plásticas a partir de materiais de plantas obtidos responsavelmente.”
Segundo o Presidente da Virent, Lee Edwards “Nossa tecnologia patenteada apresenta química catalítica para converter açúcares de plantas em um leque de produtos idênticos àqueles feitos de petróleo, inclusive bioparaxileno – componente-chave para a fabricação de embalagens PET feitas 100% a partir de plantas, que apresentam a mesma alta qualidade e capacidade de reciclagem dos materiais usados hoje, com o benefício adicional de ser feito de uma ampla variedade de materiais renováveis”.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Justiça volta atrás e autoriza obra de Belo Monte no rio Xingu

 
A Justiça Federal no Pará revogou nesta sexta-feira decisão liminar que impedia o andamento de obras da usina de Belo Monte no leito do rio Xingu. 

Em setembro, a mesma Vara da Justiça havia proibido qualquer ação que interferisse no curso natural do rio, como construção de barragens, implantação de porto e escavação de canais. 

Agora, porém, as atividades passaram a ser permitidas. 
 
A primeira determinação foi uma resposta à ação ajuizada pela Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (PA). Segundo a associação, mil famílias que dependem da pesca serão prejudicadas pela hidrelétrica. 

Na prática, a decisão não afetou o andamento das obras, segundo a Norte Energia, empresa responsável pela usina. Naquela ocasião, a empresa disse à Folha que as obras ainda não haviam atingido a altura do rio Xingu nem havia previsão para que esse trabalho tivesse início. 

Na decisão de hoje, o juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins disse que a navegação não será afetada no andamento das obras e que a atividade pesqueira "não será impedida durante a construção do empreendimento, pois o curso d'água não será alterado". 

A Norte Energia, segundo o juiz, comprovou que está desenvolvendo projetos para a manutenção da fauna no rio. 

Grã Bretanha promete investir R$30 milhões para combater desmatamento no Brasil


Em um movimento que representa o espírito de cooperação internacional esboçado na cúpula climática da ONU, na África do Sul, o Ministério do Meio Ambiente da Grã Bretanha comprometeu-se a destinar mais de R$30 milhões para combater o desmatamento no Brasil. Os recursos serão destinados a reprimir a intensa atividade madeireira nas florestas do cerrado por meio de incentivos a fazendeiros locais, que enfrentam a pressão crescente de grandes corporações agrícolas. O compromisso britânico é parte de um esforço internacional que pretende reduzir pela metade o ritmo do desmatamento até o ano de 2020.
Embora a redução do desmatamento na Amazônia tenha sido o foco das atenções há décadas, o cerrado brasileiro sofre pressão crescente da expansão agrícola, que ameaça inúmeras espécies endêmicas da região. Grande parte de sua vegetação foi derrubada e queimada para dar lugar a plantações de soja e grandes fazendas de gado, que fornecem carne barata para o mundo desenvolvido.
Durante a cúpula climática da ONU em Durban, na África do Sul, a Ministra do Meio Ambiente da Grã-Bretanha, Caroline Spelman, citou a importância global do cerrado anunciando investimentos da ordem de R$30 milhões para ajudar os fazendeiros locais a resistir à influência dos tubarões do agronegócio:
“O cerrado é rico em biodiversidade, mas já foi reduzido à metade devido às queimadas e à demanda por produtos agrícolas. Se quisermos deter a perda de biodiversidade, temos que proteger nossas florestas, que abrigam grande parte da vida selvagem do mundo. Não teremos sucesso no combate à mudança climática se não enfrentarmos o desmatamento”, afirmou Spelman ao Telegraph.
Atualmente, a derrubada de florestas em todo o mundo, sobretudo em países em desenvolvimento, está entre as atividades que mais contribuem para a mudança climática e a extinção de espécies. Segundo funcionários da ONU, uma das metas de longo prazo da cúpula climática de Durban é ampliar a cooperação e o apoio financeiro entre nações desflorestadoras e o mundo desenvolvido, o maior beneficiário das práticas agrícolas de grande impacto sobre o meio ambiente.
No total, a Grã Bretanha se comprometeu a investir em torno de R$ 9 bilhões para combater o desmatamento em todo o mundo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MPF comunica ameaças de morte em Belo Monte


O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) recebeu ontem (12) denúncia de ameaças de morte contra o jornalista Ruy Sposati, que trabalha para o movimento Xingu Vivo para Sempre e estava acompanhando demissões de trabalhadores em um escritório do Consórcio Construtor de Belo Monte na rodovia Transamazônica.

As ameaças ocorreram assim que o jornalista chegou no local, ontem pela manhã, após ser avisado por trabalhadores que homens da Polícia Militar (PM) estavam escoltando trabalhadores do canteiro de obras da usina de Belo Monte para serem demitidos no escritório do consórcio. Segundo Sposati, um homem em uma camionete prata o abordou com agressividade, usando termos como “vagabundo” e “baderneiro”.“Eu vou te matar é agora mesmo”, disse ao repórter.

Depois que ele se identificou como jornalista, ainda de acordo com o depoimento prestado ao MPF/PA, o homem tentou arrancar a câmera fotográfica das mãos de Sposati. A confusão só terminou com a interferência dos próprios trabalhadores que aguardavam pagamento das rescisões contratuais. Os homens da PM que, fardados, faziam um cordão de isolamento em torno do prédio do consórcio, não intervieram.

O jornalista não conseguiu registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil ontem, mas fez a denúncia à Procuradoria da República em Altamira, que encaminhou o caso para o Procurador-Geral de Justiça (do Ministério Público Estadual) e para o Corregedor da Polícia Militar no Pará.

No depoimento, o jornalista assinalou que a camionete prateada de onde saiu o homem que fez as ameaças, foi identificada posteriormente como de propriedade da PM. A investigação sobre as ameaças deve ficar a cargo do MP Estadual porque é da competência da Justiça Estadual e da Justiça Militar. E a corregedoria da PM foi comunicada para que apure se pertence à corporação o autor das ameaças e porque estava usando o carro oficial nessas circunstâncias. As informações são do MPF. (DOL)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Os indignados do ferro

Foto: Justiça Global

 Por Clara Roman e comentado também pelo blog do Josué Moura.

Desde a semana passada, Açailândia, uma cidade de 105 mil habitantes no interior do Maranhão, assiste à sua própria versão da Marcha dos Indignados. Na quinta-feira 8, cerca de 1.500 pessoas ocuparam uma das principais rodovias da região, paralisando o trânsito por algumas horas. Cinco dias depois, outro grupo voltou a protestar, desta vez contra a presença da governadora Roseana Sarney (PMDB) na cidade.

As causas, ao contrário das reivindicações macroeconômicas dos indignados europeus e americanos, referem-se a um problema de saúde pública que uma das comunidades do município, Pequiá de Baixo, sofre há vinte de anos. Vizinha de fábricas de siderurgia, a comunidade convive com níveis desumanos de poluição. Há cerca de duas semanas, por exemplo, uma moradora morreu em decorrência de um câncer de pulmão. Dois anos depois de seu marido morrer pelo mesmo motivo.
Após inúmeras denúncias, encabeçadas pelo Ministério Público Estadual e pela Defensoria Pública, as indústrias e o governo local se comprometeram a construir um conjunto de moradias em uma área despoluída. O processo, no entanto, caiu há algumas semanas em um impasse jurídico. Isso porque o proprietário das terras que seriam desapropriadas pela prefeitura para alojar a comunidade entrou com uma liminar para impedir que o processo continuasse.

A ação está parada deste então.  Com as casas cobertas de fuligem, os cerca de 1.100 moradores estão revoltados com a baixa efetividade da Justiça e iniciaram as mobilizações. “O lugar é conhecido como ‘Cubatão da Amazônia’, diz Danilo Chammas, advogado da ONG Justiça nos Trilhos e que tem auxiliado juridicamente a questão. Mais de 60% das pessoas que vivem próximos à área atingida apresentam problemas pulmonares. Reclamações de falta de ar são frequentes.

Mesmo assim, os órgãos oficiais jamais foram ao local para medir o grau de poluição da área, segundo Chammas.

A única “prova” é um relatório produzido pela ONG Justiça Global e pela Federação Internacional de Direitos Humanos, que fizeram um levantamento dos problemas de saúde da população vinculados a fuligem e poluição lançados pelas fábricas de ferro-gusa. Mas até hoje não foram tomadas medidas de mitigação dos poluentes ou aumento da fiscalização.

As empresas fazem parte da cadeia de produção da Vale. O minério extraído pela empresa no Carajás, no Pará, é levado até as siderúrgicas da região para ser transformado em ferro, que é exportado nos navios da Vale no porto de São Luiz (MA). A Vale, por meio de assessoria de imprensa, manifestou que a empresa tem colaborado com o poder público e comunidade local para a discussão das alternativas de solução do problemas. Assim, apresentou um diagnóstico das condições de moradia e diretrizes para a construção de um conjunto habitacional e colocou-se à disposição para erguer o novo bairro. “No momento, a empresa aguarda indicação das autoridades locais sobre o terreno para onde deverá ser elaborado o projeto”, diz a nota.

As casas para as famílias afetadas seriam construídas no terreno desapropriado através do programa Minha Casa, Minha Vida, com financiamento da Caixa Econômica Federal. Mesmo assim, os moradores teriam de pagar seis mil reais. O primeiro lote estava planejado para o fim do ano, mas, com o processo travado, não há previsões de quanto problema será solucionado.

Romildo de Assis, advogado dos proprietários da área onde seriam levadas as famílias, afirma que seus clientes,  Helios Braz e Zelia Aparecida Oliveira, moram no local e se sustentam com a criação de gado. “Meu cliente não concorda com o  valor depositado pela prefeitura”, diz o advogado.

O padre Dário Bossi, que tem lutado ao lado dos moradores para conseguir realizar o reassentamento, afirma que a posição da prefeitura – que ordenou desapropriação – não ficou clara.

“A prefeitura obedeceu ao Ministério Público emitindo a desapropriação do terreno indicado. Fez a parte dela. Mas depois, quando a desapropriação foi contestada, não defendeu sua própria decisão”, diz ele.

A situação se agrava ainda mais porque, segundo o padre, o Posto de Saúde da comunidade foi fechada há cerca de um ano e os moradores têm de caminhar cerca de três quilômetros para serem atendidos na localidade mais próxima.

Conduzidas pela Promotoria e pela Defensoria, as negociações reuniram empresas de ferro-gusa e a própria Vale, além de prefeitura e governo estadual. O Sindicato das Fábricas de Ferro-Gusa do Maranhão (SIFEMA) havia se comprometido a transferir 400 mil reais para que a prefeitura desapropriasse o terreno. “A gente fica discutindo processos, mas quem vai lá, vê que a situação dessas pessoas é muito triste”, diz Chammas.

Área irregular

O Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão (Sifema) manifestou que a área ocupada pela comunidade Pequiá de Baixo é classificada como ‘distrito industrial’. Assim, segundo a Associação, é um local que não poderia abrigar residências. O órgão argumenta que por uma ausência de ações do poder público, dezenas de famílias se instalaram ilegalmente em terrenos à margem da BR–222 , dando início a uma ocupação irregular que resultou no local denominado Pequiá de Baixo, em frente às siderúrgicas.

Segundo a nota, as empresas têm mecanismos de mitigação de danos, como filtros para reduzir emissões e um “rigoroso controle dos processos produtivos”. E ressalta que a área é desprovida de infraestrutura básica e que parte da poluição provém do tráfego da BR-222. ”Dadas essas condições, o local, por si só, poderia ser considerado insalubre, mesmo que não existissem indústrias instaladas na região”, afirma.

Além disso, o Sindicato destacou que tem cumprido com suas responsabilidades sociais e legais. “Prova disso é que as indústrias cumpriram o compromisso firmado em acordo com o Ministério Público Estadual, onde as siderúrgicas se comprometeram a adquirir um terreno para onde a população será realocada”. Assim o depósito de 400 mil reais foi efetuado. “Agora, as empresas aguardam a solução do caso, bem como o cumprimento dos compromissos assumidos pelos demais parceiros”.

Opinião do blogueiro
É de desejo de todos que essas famílias sejam retiradas de lá para um local que tenha saneamento básico, facilidade para transportes e escolas (ou que sejam feitas), uma infraestrutura adequada onde elas se sintam bem podendo ter uma vida digna de um cidadão açailandense.