quarta-feira, 23 de maio de 2012

Designers belgas aproveitam retalhos de tapetes para fazer sofás

Esta é a demonstração de que o reaproveitamento dos materiais que são rejeitados pela indústria pode ser algo rentável. l Foto: Atelier Belge/Plof

Os designers do ateliê belga Outdoorz Gallery encontraram uma maneira criativa e útil de reaproveitar a sobra da produção industrial de tapetes. Os artistas utilizam os retalhos têxteis para criar o Plof, um sofá personalizado e colorido.

Oskar Vermeylen, Vincent Wellemtn, Yves Verhaegen e Pim van Eijck formam a equipe responsável pela criação. Juntos eles chegaram ao modelo ideal de sofá que, além de sustentável, também é bastante bonito e confortável.

Após serem recolhidos, os retalhos de tecido são fragmentados em pedaços menores e, posteriormente, estofados com plástico de polietileno transparente, para que tomem a forma de um sofá. Depois disso, o acabamento é feito com o uso de botões brancos, que acrescentam conforto e elegância à mobília.

Esta é a demonstração de que o reaproveitamento dos materiais que são rejeitados pela indústria pode ser algo rentável. O Plof ainda colabora com a preservação ambiental, pois impede que os resíduos sejam simplesmente descartados na natureza.

Segundo informações dos fabricantes, todos os sofás são feitos de maneira personalizada. Portanto, os interessados em adquirir algum dos produtos podem entrar em contato para sugerir alterações ou solicitar mudanças que se encaixem melhor em seu gosto e perfil.

O Plof está à venda no site do ateliê por 390 euros, o equivalente a pouco mais de mil reais.


Ibama finaliza plano de retirada de madeira de Belo Monte

Trecho de floresta que foi suprimido para construção da usina hidrelétrica. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)

A ação foi realizada na semana passada, e teve como objetivo definir o plano de fiscalização da retirada de madeira dos locais que serão alagados pela obra.

Através de vistorias aéreas e terrestres, o Ibama verificou as rotas de escoamento da madeira da região, para poder acompanhar de perto a saída deste material de acordo com a lei, garantindo que o produto chegue ao mercado.

Além disso, o órgão esclarece que irá realizar fiscalizações em toda a madeira que for extraída do lugar antes de gerar os créditos no sistema de Documento de Origem Florestal (DOF), do Governo Federal, e do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), do governo do Pará.

Com esta medida, o Ibama tenta evitar a retirada ilegal da madeira, além de impedir que os créditos gerados pelo produto cortado das áreas que serão afetadas pelo lago da usina sejam utilizados para esquentar o comércio ilegal de madeira no Pará. Para isto, serão feitas análises nas movimentações nos sistemas do DOF e no Sisflora.

“A ação completa de fiscalização, da retirada da madeira até seu consumo, é importante para garantirmos a legalidade da madeira extraída da área que será alagada na usina de Belo Monte”, comentou o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Ramiro Martins-Costa.

Obra – A hidrelétrica ocupará parte da área de cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida dessas cidades e tem a maior população, quase 100 mil habitantes, segundo o IBGE. Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.

Belo Monte custará pelo menos R$ 25 bilhões, segundo a Norte Energia. Há estimativas de que o custo chegue a R$ 30 bilhões. Trata-se de uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo federal.

Apesar de ter capacidade para gerar 11.200 MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Segundo o governo, a potência máxima só pode ser obtida em tempo de cheia. Na seca, a geração pode ficar abaixo de 1.000 MW. A energia média assegurada é de 4.500 MW.

Para críticos da obra, o custo-benefício não compensa. O governo contesta diz que a geração menor evita um alagamento maior e que a energia é fundamental para o país.

PRESERVE O MEIO AMBIENTE

Chico Bento pede para Dilma vetar o novo código florestal

Maurício de Sousa utilizou o seu twitter @mauriciodesousa e seu personagem, para protestar contra as alterações no Código Florestal.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

---------O novo Código Florestal---

Rio+20 verá ônibus elétrico com segundo motor a biodiesel

Curitiba não poderia ficar fora dessa. O Hibribus, o ônibus elétrico que conta com um segundo motor alimentado por biodiesel será apresentado durante a conferência Rio+20, das Nações Unidas. O anúncio foi feito pelo prefeito Luciano Ducci.



A marca sueca Volvo será a responsável por fabricar a linha de ônibus que vai operar em Curitiba depois de passar mais de um ano sendo testado. Cerca de 60 veículos já foram encomendados para começar a rodar ainda em 2012.

A frota funciona com dois motores: um elétrico, usado para acelerar o veículo até 20 km/h, e outro que funciona com biodiesel, sendo acionado quando o veículo ultrapassa essa velocidade.



Além disso, a energia empregada no sistema de freios aciona o carregador das baterias, e o motor movido a biodiesel é desligado. Um estudo desenvolvido pela Volvo constatou que o tempo em que o ônibus fica parado representa 50% do período total de sua operação. O motor elétrico garante que parado ou enfrentando trânsito severo, o veículo não emita fumaça. Ponto positivo para Curitiba!

*Informações Paraná Online


ONU lista 56 recomendações para um mundo sustentável

A ONU lançou na sexta (18), no Rio, a versão em português de um relatório com 56 recomendações para que o mundo avance em direção ao desenvolvimento sustentável. 

O documento, elaborado por 22 especialistas ao longo de um ano e meio, traz sugestões mais ousadas do que aquelas que devem ser acordadas na Rio+20, a conferência da ONU sobre o tema que ocorre em junho na cidade. 

Entre as propostas estão o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e a precificação do carbono, com a cobrança, por exemplo, de impostos sobre as emissões de gases do efeito estufa. 

Espera-se assim estimular a disseminação de tecnologias verdes. "É um relatório com frases e recomendações muito diretas", diz o embaixador André Corrêa do Lago, negociador-chefe do Brasil para a Rio+20. 

Para ele, o documento final do encontro de cúpula da ONU deverá trazer formulações "mais sóbrias". 

Outras medidas sugeridas são a criação de um fundo apoiado por governos, ONGs e empresas para garantir acesso universal à educação primária até 2015 e a inclusão dos temas consumo e desenvolvimento sustentáveis nos currículos escolares. 

As recomendações são divididas em três grupos, de acordo com seus objetivos principais. O primeiro visa a capacitar as pessoas a fazerem escolhas sustentáveis; o segundo, a tornar a economia sustentável; e o terceiro, a fortalecer a governança institucional para o desenvolvimento sustentável. 

"As pessoas participaram desse painel a título pessoal, ou seja, elas não estavam representando governos. Isso dá mais força [ao documento], porque o painel pode dizer certas coisas que não são consenso [entre os mais de 190 países da ONU]", diz Corrêa do Lago. 

O coordenador do relatório, porém, disse esperar que as recomendações sejam levadas em consideração pelos negociadores da Rio+20. 

Janos Pasztor citou o estabelecimento de metas numéricas para o desenvolvimento sustentável como uma sugestão que pode ser adotada no curto prazo. O tema está em discussão na Rio+20. 

A ex-primeira-ministra da Noruega Gro Brundtland, considerada "mãe" do conceito de desenvolvimento sustentável, participou da elaboração do relatório. 

O documento completo pode ser acessado aqui

terça-feira, 8 de maio de 2012

Marina Person apoia o Desmatamento Zero

Operação Ágata 4 desativa garimpos ilegais em áreas indígenas de Roraima

A operação desativou um ponto de garimpo ilegal na região de Homoxi, Reserva Indígena Yanomami e na Vila Mutum, na Raposa Serra do Sol.

 

Foto: 1ª Brigada de Infantaria de Selva

 

BOA VISTA – Em cinco dias de ação, a Operação Ágata 4, deflagrada na última quarta-feira (02), pelo Ministério da Defesa e as Forças Armadas, com apoio de órgãos federais e ambientais, desativou dois garimpos ilegais nas regiões indígenas em Roraima e duas madeireiras no sul do estado.


Com patrulhamento de 8 mil militares entre os limites de fronteira do Brasil e a Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana Inglesa, a operação conta com o trabalho de mil homens em Roraima e 100 agentes federais e ambientais.

Na sexta-feira (04), segundo dia de Operação, o Exército desativou um ponto de garimpo ilegal na região de Homoxi, na Reserva Indígena Yanomami. Sete garimpeiros foram detidos e encaminhados para Polícia Federal (PF).

No local, foram encontrados duas balsas e motores para a prática de extração ilegal. Todos os equipamentos foram destruídos. Além da Reserva Yanomami, região de Vila Mutum, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, os  militares também encontraram ponto de garimpo ilegal e prenderam um garimpeiro.

A Operação Ágata 4 em Roraima desarticulou ainda duas madeireiras ilegais na região sul do estado, na Vila Madeira, no município de São Luiz do Anauá. Conforme o general Jaborandy, comandante de 1ª Brigada de Infantaria de Selva Lobo D’ Almada, os procedimentos legais sobre a situação das madeireiras serão tomados pelo Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Aproximadamente 5.029m³ de madeira foram apreendidos.

Foto: 1ª Brigada de Infantaria de Selva

A Operação segue até o próximo dia 17 de maio, com ações de fiscalização e proteção ambiental. “Estamos atuando em toda a área de fronteira. Cada região tem um foco principal. Na área Yanomami é o garimpo, em Pacaraima é a parte de contrabando e descaminho de combustível, na Raposa Serra do Sol é o contrabando e a entrada na fronteira ilegal e no sudeste do estado é a exploração ilegal de madeira e o desmatamento”, informou o general Jaborandy.

Além das Forças Armadas, entidades como Polícia Federal, Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) participam da Operação.


Para ministra, Código Florestal deve ter regras mais claras


Organizações ambientalistas lideram nas redes sociais um movimento chamado “Veta, Dilma”, pedindo que a presidente derrube os pontos considerados mais críticos do projeto.

Por Luana Lourenço

Brasília - A presidente Dilma Rousseff tem até dia 25 de maio para sancionar ou vetar – parcial ou totalmente – o texto do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 25. O texto do Congresso Nacional chegou hoje (7) à Casa Civil e tem prazo de 15 dias úteis para ser avaliado pela presidente.

O texto aprovado pelos deputados desagradou ambientalistas e não era a versão que o Palácio do Planalto esperava aprovar. Durante a tramitação no Senado, o governo conseguiu chegar a um texto mais equilibrado, mas a bancada ruralista na Câmara alterou o projeto e voltou a incluir pontos controversos.

Entre os pontos polêmicos da nova redação da lei florestal está, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).

Organizações ambientalistas lideram nas redes sociais um movimento chamado “Veta, Dilma”, pedindo que a presidente derrube os pontos considerados mais críticos do projeto. Hoje, pela manhã, Dilma recebeu a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, uma das principais lideranças ruralistas do Congresso.

O veto presidencial pode ocorrer por razões políticas, quando o projeto ou parte dele é considerado contrário ao interesse nacional, ou jurídicas, quando o texto ou parte dele for inconstitucional. O veto é analisado pelo Congresso Nacional, e pode ser derrubado se houver maioria absoluta no Senado e na Câmara.

Cresce a preocupação dos brasileiros com questões ambientais

Para 65% da população, as mudanças climáticas devem ser enfrentadas urgentemente e 22% querem ações imediatas l Foto: Jardim para Liberdade

O brasileiro está mais preocupado com o aquecimento global. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na última sexta-feira (4) aponta que 65% da população considera a mudança do clima como um problema muito grave. Em 2009, o índice foi de 47%.  Além disso, a maioria dos entrevistados acredita que esse é um assunto urgente e que deve ser enfrentado imediatamente.

“Há uma maior sensibilidade por parte da população em relação ao tema. As pessoas estão sentindo a mudança do clima, percebem a variação na temperatura e a ocorrência de desastres naturais, como as enchentes”, avalia o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato Fonseca. “As políticas de conscientização estão atingindo mais as pessoas”, reforça.

O estudo Retratos da Sociedade Brasileira 2012 é feito pela CNI em parceria com o Ibope. Foram entrevistados 2.002 eleitores, de 16 anos ou mais, em dezembro de 2011 – seis meses antes da Rio+20, a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável. É a terceira edição da pesquisa com foco no meio ambiente. A primeira foi apresentada em 2009. O estudo está dividido em três capítulos: preocupação com o meio ambiente, mudanças climáticas e coleta seletiva de lixo e reciclagem.

Para 65% da população, as mudanças climáticas devem ser enfrentadas urgentemente e 22% querem ações imediatas, mesmo que o problema só ocorra daqui a alguns anos. A maioria (79%) associa o problema às ações realizadas pelo homem e 16% dizem que se deve a um processo natural da terra. 

A indústria foi eleita por 38% dos entrevistados como a principal responsável pelo aquecimento global contra 22% que optaram pelo cidadão e 18% pelos governos. Contudo, no Brasil, a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa é o desmatamento e, apesar disso, apenas 3% responsabilizam as empresas agropecuárias – cuja atividade está associada a esse problema.

Assim como ocorreu na percepção de gravidade do aquecimento global, o percentual da população que se preocupa com o meio ambiente de uma forma geral também aumentou. O índice passou de 80%, em 2010, para 94%, em 2011. Para 44% dos entrevistados, a preservação deve ter prioridade sobre o crescimento econômico, enquanto 40% dizem que é possível conciliar os dois.

O desmatamento é o problema que mais preocupada, eleito por 53% dos entrevistados. Em seguida está a poluição das águas, citada por 44%, e as mudanças climáticas, com 30%. Contudo, mais de 40% dizem que as iniciativas em prol da preservação do meio ambiente se mantiveram inalteradas, seja por parte do governo, das empresas ou mesmo da população. Mas 68% acreditam que o governo da presidente Dilma Rousseff dá atenção ao tema ambiental.

Do total, 71% afirmam evitar o desperdício de água e 58% procuram economizar energia. Embora a maioria (52%) diz estar disposta a pagar mais caro por produtos ambientalmente corretos, apenas 18% dão prioridade a produtos “verdes” ou embalagens recicláveis. “A população está sim preocupada, mais consciente. Contudo, as ações estão muito focadas na economia dentro de casa, ainda falta um comprometimento maior”, afirmou Renato Fonseca.

Mais da metade da população (59%) separa algum tipo de lixo e 67% consideram a reciclagem muito importante para o meio ambiente. No entanto, 48% afirmam não ter acesso à coleta seletiva de lixo. Foi a primeira vez que a pesquisa analisou a opinião da população sobre coletiva seletiva.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Irmão do ex-piloto Nelson Piquet é preso por crime ambiental, em Brasília

Área de proteção ambiental foi desmatada para construção de pista de pouso para aviões de pequeno porte

 

São Paulo, 4 - O irmão do ex-piloto da Fórmula 1, Nelson Piquet, foi preso no início da tarde desta última quinta-feira, 3, em Brasília por crime contra o meio ambiente. De acordo com o delegado adjunto, Richard Valeriano Moreira, da Delegacia do Meio Ambiente do Distrito Federal, o irmão do piloto, que não teve nome divulgado, desmatou uma área de proteção ambiental para construir uma pista de pouso para aviões de pequeno porte.  

 

A Delegacia do Meio Ambiente, informa o delegado Moreira, tem promovido ações que combatem crimes ambientais dentro do Distrito Federal. Nesse contexto, agentes da Polícia Civil sobrevoam áreas do distrito rotineiramente. Em um dos voos, feito pela região do Jardim Botânico, região próxima do Lago Sul, foi encontrado um espaço desmatado dentro de uma Área de Preservação Permanente (APP).

Conforme a polícia informa, equipes foram ao local para constatar o desmatamento e verificaram que tratava-se da fazenda onde residia o irmão do ex-piloto da Fórmula 1, Nelson Piquet. O homem, de 67 anos não tinha autorização para a obra e acabou sendo autuado após a perícia técnica ter constatado o crime ambiental.

"As APPs são áreas que podem ser ocupadas, mas quaisquer obras realizadas dentro do perímetro devam ser previamente licenciadas. Neste caso, a pista de pouso não continha documento de autorização", informou ao Estadão.com.br o delegado Moreira.

A pista já existia há algum tempo, informou Moreira e ocupava uma área de 760 metros. A obra em questão iria ampliar a pista para 860 metros e asfaltá-la. Foram encontradas no local máquinas de grande porte como três tratores, um deles era uma retroescavadeira, e dois caminhões. 

O proprietário da fazenda foi autuado em flagrante, informou o delegado da Delegacia do Meio Ambiente, mas o advogado do irmão de Piquet entrou com pedido de liberdade provisória que foi acatado pelo juiz. O autor do crime vai responder em liberdade por dano ao meio ambiente. A pena pode ser de 1 a 5 anos de prisão.