segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A sustentabilidade e os aviõezinhos do Silvio Santos


Estamos vivendo um momento em que a sustentabilidade assume o seu principal papel: fazer com que as empresas comecem a sair da filantropia e despertem para pensar em soluções para o seu negócio.
Mas, como assim?
Assim como cada um de nós tem um impacto no planeta, em alta com as calculadoras de pegada ecológica, as empresas também têm os seus. O que acontece é que muitas vezes, o impacto que uma empresa causa fica ofuscado por investimentos que a empresa faz em ONGs, principalmente em projetos socioambientais.
E o que tem de errado com isso?
De errado, não tem nada. Assim como não tem nada de sustentável. Investimento por investimento não basta, não é suficiente. Na ótica da sustentabilidade, de que adianta você desmatar todo o cerrado, ou extrair todo um minério de uma mina e financiar o Projeto Tamar? É uma esquizofrenia que tem por trás uma luta desesperada pela imagem de bom moço.
Não podemos mais nos deixar influenciar apenas por boas ações de empresas que financiam milhões em projetos socioambientais mas que não olham para o seu processo produtivo e nem para o local onde estão inseridas. Muitas vezes, esses milhões representam 2% ou 3% do lucro total que essa empresa ganha em cima dos nossos recursos, sejam eles naturais ou humanos, e que não estão sendo destinados para o impacto real que essa empresa está causando…
Então, quando você olhar as propagandas nas mídias sobre as tão responsáveis eco-empresas, procurem sempre saber o que realmente essa empresa está fazendo para tornar o setor onde atua mais sustentável.
Qual solução essa empresa está apresentando aos desafios globais da sustentabilidade?
Não seja mais uma vítima de greenwashing, seja consciente e cobre essa consciência. O seu voto é a sua liberdade de escolha. Invista nas empresas que você acredita!
Afinal, você ainda não é o Silvio Santos para sair distribuindo aviõezinhos de dinheiro por aí…

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