sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Açailândia

 
 História da Cidade

Cidade: Açailândia - Ma 
Área da Unidade Territorial: 5.806 Km²
População em 2000: 88.320 habitantes;
População em 2010: 104.013 habitantes
Crescimento em 2010: 17,77%;
População de homens: 52.093 homens (50,01%);
População de mulheres: 51.920 mulheres (49,9%);
Domicílios ocupados em 2010: 26.859 mil;
Residentes na Zona Urbana: 78.241 pessoas (75,2%);
Residente na Zona Rural: 25.772 pessoas (24,8%).

Agências Bancárias: 06 Agências
Partido Eleito: 45
Número de Eleitores: 61.029 eleitores (2006)

O Início
Tudo começou com a visão progressista de um grande estadista, Juscelino Kubitschek, que ao transferir a Capital Federal, do Rio de Janeiro para o Planalto Central, sabia que o sucesso do seu mais arrojado projeto só seria completo com a integração de toda a população brasileira e para que isso pudesse acontecer planejou e determinou ao engenheiro e particular amigo, Bernardo Sayão Carvalho Araújo, o início da grande obra denominada "espinha dorsal" do Brasil, a grande rodovia BR-010, também popularmente conhecida como "Belém - Brasília". A grande obra seguia seu curso com várias frentes de serviço. Sob as ordens do engenheiro Bernardo Sayão, trabalhavam 11 construtoras e cerca de 1.200 homens, entre eles profissionais de todos os níveis culturais e sociais, que em março de 58 chegavam à cidade de Imperatriz, no Maranhão. Naquele momento, com a continuidade da obra, ninguém ainda era capaz de imaginar que já estava traçado o destino de um dos mais progressistas municípios maranhenses. A história de Açailândia teve início às 9 horas do dia 19 de julho de 1958, momento exato em que os índios Cutia e Cocranum, à procura de água para a equipe de trabalho que já se encontrava em lugar denominado como Trecho-Seco, chegavam à cabeceira de um riacho onde beberam, tomaram banho e se abasteceram do precioso líquido para levar aos companheiros que ficaram no acampamento. No dia seguinte, 23 trabalhadores da linha de frente de abertura da grande rodovia, na companhia dos dois índios, chegavam à cabeceira da aguada onde deram início a construção de 10 barracos de pau-a-pique cobertos com palha de açaizeiros. Estes heróis da nossa história, por muitos, desconhecidos, foram, além dos índios Curia e Cobranum, Dr. Jorge Dias (topógrafo); Alberto Gomes e Mirom Celestino da Silva (auxiliares de topografia); Manoel Euzébio da Costa, Severino e "Zé Baleia" (balizeiros); João Ferreira da Silva, Moacir Celestino da Silva; Francisco Celestino da Silva e "Garapa" (machadeiros); Ezequias Celestino da Silva, "Jacamim" e "Rapozão" (facãozeiros); Pedro Moura Fé (apontador); Manoel Antônio e "Negrão" (estaqueiros); "Massa Bruta" (carregador de água); Porfírio Gomes de Aquino e Luís Gonzaga (caçadores); "Paulistão" Milhomem (encarregado geral). Alguns desses pioneiros aqui são citados apenas pelos apelidos por falta de assinaturas nos documentos pesquisados. Por que Açailândia? A grande quantidade de açaizeiros às margens do riacho encontrado pelos índios Curia e Cocranum deu origem ao nome do nosso município. De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa, Açaí significa: fruto do açaizeiro, palmeira da Amazônia cujo nome científico é Ueterpe Oleracea. Do seu fruto é feita uma bebida do mesmo nome, muito aprecisada no Estado do Pará. Alguns historiadores falam também que Açaí ou Asshy, de acordo com a o linguajá indígena, teria o significado de: haste comprida que produz grãos miúdos. O Lândia, vem do vocábulo inglês Land (lénd) = terra, região, ilha, propriedade. Daí, o nome Açailândia. O Novo Eldorado A notícia da existência de águas boas e terras férteis, juntamente com as obras da rodovia, atraíram muitos desbravadores e aventureiros, pioneiros que aqui chegavam na busca de serviço e já podiam vislumbrar o surgimento de um "novo eldorado". Em agosto de 1958 a RODOBRÁS (uma das 11 empreiteiras que trabalhava na abertura da estrada), montava seu escritório em Açailândia e a primeira tarefa executada foi a construção de uma pista de pouso para aeronaves de pequeno porte, no local onde hoje denominamos de Av.: Desembargador Tácito de Caldas ou Rua do Campo como ainda é popularmente conhecida. A margem da estrada a empresa construiu uma casa de alvenaria e madeira, coberta com telhas de cimento e amianto. Ali, durante todo o resto da execução da obra, funcionou como escritório e residência doa engenheiros que trabalharam no grande projeto. A referida construção, que apesar de mal conservada, insiste em resistir ao tempo, hoje é conhecida como Casa da Memória e teve a honra de hospedar ilustres visitantes como o então presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, que no dia 1° de Janeiro de 1959, esteve na região supervisionando o seu segundo maior projeto, a rodovia Belém-Brasília; o primeiro era a construção da Capital Federal (Brasília) no seio do Planalto Central, que se encontrava em franco desenvolvimento. E ainda, 15 de maio de 1968, o governador do Maranhão, José de Ribamar Ferreira Araújo Costa (José Sarney), quando aqui esteve para o lançamento da pedra fundamental da BR-222. As dependências dessa Casa guardam boa parte da história de Açailândia e com pesar, guarda até hoje a sua mais triste lembrança: o último suspiro e o velório do engenheiro Bernardo Sayão Carvalho de Araújo, que em 15 de janeiro 1959 foi chamado para a companhia do Pai Celestial, tornando-se a primeira pessoa a falecer em terras açailandenses. No final de 1958, muitos barracos de pau-a-pique existiam aqui para dar abrigo aos desbravadores que davam seqüência a abertura da grande estrada. Porém, a história de progresso teve início no dia 1° de Janeiro de 1959, com a chegada de João Neves de Oliveira (João Mariquinha), que veio em busca de trabalho e, de imediato, visualizou o futuro progressista do local, transferindo sua família de Imperatriz para Açailândia no dia 6 de junho do mesmo ano. Nesta data, chegava sua esposa, D. Maria Divina Oliveira, na companhia de 4 filhos e de uma amiga, D. Maria Rosa. Foram elas as primeiras mulheres a pisar em solo açailandense. Maria Rosa, infelizmente, não viveu para ver a cidade se desenvolver. Foi infectada por malária 18 dias após ter chegado aqui, vindo a falecer em seguida. De forma trágica, ela também entrou para a história de Açailândia como a primeira pessoa a ser sepultada aqui. Ciclo Comercial No dia 8 de junho de 1959, a também empreendedora, D. Maria Divina Oliveira, esposa de João Mariquinha e primeira mulher a pisar em solo açailandense, dava o primeiro passo para o início do Ciclo Comercial em Açailândia coma implantação, em sua própria residência, do Café Juscelino Kubitschek, uma pequena venda de café, cachaça e comida caseira, que servia aos trabalhadores da estrada. A partir daí, foram surgindo outros vendedores e no ano seguintes, Zé Miúdo, juntamente com outros moradores fundaram a primeira feira pública desta região, que por muitos anos funcionou aos sábados, debaixo de um galpão localizado na Av. Bernardo Sayão, na entrada da Rua Piauí. Hoje, Açailândia conta com um centro comercial bem diversificado, não deixando nada a desejar das grandes cidades do Estado. Ciclo Agrícola Em 1961, deu-se o início do Ciclo Agrícola com o assentamento de 5 famílias na Colônia Gurupí. Em 63, João Mariquinha, Juarez Fanha e Miguel Freitas, plantaram as primeiras roças na área onde hoje está situado o Estádio Municipal Pedro Maranhão. A partir daí, muitos outros projetos agrícolas foram trazidos para a região, carreando grandes investimentos no setor e tornando o município auto-suficiente em determinados produtos, chegando a ser o maior produtor de arroz, milho, mandioca, feijão, pimenta-do-reino e tomate no Estado até o final da década de setenta. O Projeto Gurupí foi de importância relevante no desenvolvimento local em população, economia e comércio, chegando a abastecer o consumo de Imperatriz e outros municípios da região. Ciclo Industrial A instalação da Usina Canguru e da Serraria Pica-Pau em 1962, ambas de propriedade da Missão Evangélica Presbiteriana Gurupí, deu início as atividades industriais, atividades estas, que só se destacaram a partir de 1973 com a melhoria das condições de tráfego de BR-222 e o asfaltamento da rodovia Belém-Brasília. A abertura de estradas vicinais resultou na exploração da madeira de floresta e consequentemente na destruição da mesma. Em 1980, o povoado chegou a ter 63 grandes serrarias trabalhando no desdobramento industrial da madeira de lei, 12 usinas de beneficiamento de arroz, além de inúmeras pequenas indústrias artesanais e de fundo de quintal. Atualmente, com a queda da indústria madeireira, a siderurgia tem sido o setor que mais gera emprego e divisas para o município. Ciclo de Serviços Este ciclo teve início em 1960, com a instalação do Posto Fiscal em Itinga; em fevereiro de 1963, Açailândia, que ainda pertencia ao município de Imperatriz, ganhou um posto para recolhimento de tributos. Já naquela época as autoridades despertavam interesses em nossas crescentes riquezas. A partir daí, houve uma grande expansão de serviços de natureza pública e privada. A localização estratégica entre duas grandes rodovias (BR`s-010 e 222) e cortada por duas ferrovias (Norte-Sul e Carajás), fez de Açailândia o maior entroncamento rodo ferroviário do Norte e Nordeste do país, motivando a vinda de muitas indústrias como a Companhia Vale do Rio Doce, Viena, Fergumar, Gusa Nordeste, Pindaré, Simasa, Grupo Cikel, Grupo Galletti, Carajás, Vener Line, Pool Distribuidor de Petróleo, Frisama, Caísa e outras, que ao longo dos anos vêm gerando divisas e empregos para o município. Ciclo de Pecuária Em 1963, Juarez Fanha trouxe as primeiras 15 cabeças de gado para Açailândia e com a ausência de pastos, as colocou em uma capoeira nas imediações do local onde hoje é construído o Estádio Municipal edro Maranhão. A partir daí, outros moradores iniciaram o plantio de pastagens e começaram a criação de gado. Porém, a primeira fazenda de gado dessa região só foi implantada em 1968, com a instalação da Imperatriz Pecuária (SUDAM). Apesar de responsável pela devastação de nossa floresta e alterações no ecossistema da região, o ciclo, bem como a formação dos inúmeros povoados da zona rural. A pecuária é uma das atividades de maior desenvolvimento no município, atualmente, com um rebanho bovino de 300.000 mil cabeças, considerado o maior do Maranhão.

http://www.acailandia.ma.gov.br/2010/index.php?op=historia

Um comentário:

  1. Amigo Vantuil Braz, será um prazer telo como nosso leitor e parceiro da blogosfera, isso que é hoje o meio de comunicação mais rápido do mundo. Em breve esta maneira de se fazer jornalismo, será uma das procuradas por todos os leitores. Estamos lhe adicionando em nosso blog. Um grande abraço, Marlon Moura.

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