Mesmo sendo 20%
mais caros que os concorrentes que não são nem um pouco ecológicos, os
tijolos sustentáveis acabam sendo mais resistentes e, por isso, caíram
no gosto dos construtores brasileiros
A Eco-Máquinas,
de Campo Grande (MS), fabrica tijolos, blocos e pisos ecológicos. A
produção é limpa e utiliza como matéria-prima uma mistura de ferro,
cimento e resíduos de construção triturados. Inaugurada em 1997 pelo
casal de empresários Luclécio e Marilucy Festa, seus produtos
conquistaram o mercado nacional e países da África e da América do Sul.
A produção
contava apenas com uma máquina, o que rendia um faturamento de R$ 40 mil
por mês. "Tínhamos certeza de que nossa visão estava certa. A
sustentabilidade era o nosso futuro", apostou.
Luclécio conta
que a empresa contribui para o meio ambiente, pois o tijolo ecológico
evita o corte de árvores. "Para produzir o tijolo convencional de adobe é
preciso queimar argila e alimentar fornos de madeira. Não tem como não
desmatar", explicou. Segundo ele, o preço final do produto é cerca de
20% maior, mas o investimento compensa pela resistência, que ultrapassa
em 50% a do tijolo comum. A eficiência do isolamento térmico e acústico
do material ecológico é 60% mais eficiente que do produto tradicional.
Além disso, o produto não tem odor.
Com a inovação, os empresários viram o negócio prosperar. Hoje, contam com 70 funcionários e uma produção de 200 a 500 peças por hora em quatro modelos diferentes. O faturamento, por mês, chega a R$ 1,2 milhão. O resultado do trabalho dos empresários rendeu convite do Sebrae para participar do Equipotel 2012, a maior feira de hotelaria e gastronomia do Brasil, que ocorre de 10 a 13 de setembro no Anhembi (São Paulo). "A Equipotel representa a possibilidade de abertura de mercado", comemoram Luclécio e Marilucy.
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