quarta-feira, 4 de julho de 2012

BNDES aprova R$ 210 mi para cogeração de energia a partir do cavaco de eucalipto

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 210,7 milhões para a construção de uma unidade de cogeração a vapor e de energia elétrica a partir do cavaco de eucalipto. Trata-se do primeiro projeto aprovado pelo Banco para esse tipo de biomassa e terá capacidade de geração total de 1,148 mil toneladas de vapor industrial e 125,7 MW de energia elétrica por ano.

Os recursos serão destinados à ERB Aratinga S.A, no município de Candeias, na Bahia, por meio de agentes financeiros credenciados no BNDES, os bancos Votorantim, Bradesco e Itaú BBA. Os investimentos, que somam R$ 265 milhões, vão criar 700 empregos diretos e 1.750 indiretos durante a fase de construção.


O conceito do projeto envolve, além do benefício ambiental de substituição de vapor produzido a partir de gás natural por vapor produzido a partir de biomassa para as unidades industriais da Dow do Brasil, a verticalização da cadeia produtiva da biomassa como combustível para geração de energia. Os investimentos incluem a plantação de 227,8 mil toneladas/ano de eucalipto, em uma área de 9,7 mil hectares, necessários para atender à geração prevista.


Do ponto de vista econômico, o projeto traz para a Dow benefícios como a economia significativa no custo, em função da utilização do vapor industrial, e a correlata eliminação do risco causado pela volatilidade do preço do gás natural, bem como do risco de suprimento.


A escolha do eucalipto em detrimento de outras fontes de biomassa, como pinus e bagaço de cana, privilegia a segurança no suprimento. O eucalipto tem histórico de cultivo de mais de 90 anos e é plantado no litoral do norte da Bahia desde a década de 70, existindo hoje mais de 130 mil hectares de florestas naquela região. Atualmente, essas florestas estão entre as mais produtivas do Brasil. Diferentemente de outras biomassas, o eucalipto pode ser colhido o ano todo.


O BNDES, em suas políticas operacionais, dá prioridade aos financiamentos de projetos em fontes de energia renovável, que possuem uma das mais baixas taxas cobradas pelo Banco. A biomassa, uma fonte de energia limpa, vem aumentando sua participação na matriz energética brasileira.

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