segunda-feira, 30 de abril de 2012

Abatido pelo plástico

Num atol perdido no Pacifico, albatrozes alimentam seus filhote com a poluição das grandes cidades que vai parar no mar, e, por causa disso, eles morrem aos milhares

 

Estômago de filhote de albatroz cheio de lixo: um terço deles é vítima dos detritos que as correntes arrastam para o meio do Oceano Pacífico e que são levados para o ninho como comida

 

Em pleno Oceano Pacifico, a mais de 3 000 quilômetros de distancia de qualquer continente, sem uma única fabrica ou cidade por perto, numa reserva de vida selvagem administrada pelos Estados Unidos, o plástico jogado no lixo causa uma devastação: ao ingeri-lo, filhotes de albatroz morrem aos milhares, engasgados, envenenados ou desnutridos.

Trata-se das Ilhas Midway, uma estreita faixa de areia e corais que serve de abrigo a 2 milhões de albatrozes e que, para infortúnio deles, fica próximo ao que se convencionou chamar de "lata de lixo do Pacifico" — um ponto no oceano para onde convergem correntes marítimas que, na passagem por grandes centros urbanos, arrastam todo tipo de lixo descartado indevidamente. Ao vasculharem o mar atrás de alimento, os albatrozes de Midway confundem lixo com comida. Parte eles engolem (uma pesquisa mostrou que todas as aves trazem algum tipo de plástico no corpo), parte levam de volta aos filhotes, resultando no que se vê no estomago da ave na foto destas paginas.

Calcula-se que um terço dos filhotes morra por causa disso. Para documentar a tragédia, o fotografo americano Chris Jordan pode visitar a reserva de Midway durante um mês em 2009. Ao longo do trabalho, manteve-se, segundo afirma, totalmente fiel as imagens que encontrou: "Nem um único pedaço de plástico nas fotos foi movido, colocado, manipulado, ajeitado ou alterado de alguma forma". Em outras palavras, poluição em estado bruto.


Fonte: planetasustentavel

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