segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Google no topo da lista de empresas de TI limpas

Por Megan Treacy.

O Greenpeace elegeu o Google como a empresa de TI mais limpa do ano, inserindo a gigante da tecnologia no topo de sua lista anual, a Cool IT Leaderboard. O ranking classifica 21 empresas segundo o uso de energia renovável, redução geral da pegada ambiental e promoção destas práticas em toda a indústria. Cada empresa recebe notas em Soluções Climáticas, Impacto Energético e Políticas de Proteção, que determinam sua posição no ranking. Veja o gráfico abaixo para conferir a lista completa de empresas e sua posição segundo suas práticas sustentáveis.

Greenpeace/Imagem promocional.

Verdes, com louvor
O Google ocupa o topo da lista este ano devido aos esforços constantes para alimentar suas operações com fontes renováveis de energia e pelas políticas de proteção ambientais no âmbito da indústria. Google, Cisco e Dell utilizam cerca de 20% de energia renovável globalmente, ocupando os três primeiros lugares do ranking como líderes na categoria Impacto Energético.

Softbank, uma empresa japonesa novata nos rankings, recebeu a maior nota em Política de Proteção, pela liderança na luta por energias renováveis depois do desastre nuclear de Fukushima. Fujitsu, Ericsson e Cisco lideram o ranking de Soluções Climáticas, por explicarem detalhadamente como suas tecnologias reduzem as emissões de carbono.

O dedo acusador
Não seria um relatório do Greenpeace se não incluísse algumas críticas duras. Embora tenha se impressionado com alguns dos ganhos em energia renovável, a organização ambientalista ainda se preocupa com o intenso crescimento da demanda de energia no setor de TI, sobretudo com o aumento constante da estrutura de telecomunicações e dos centros de dados, ambos necessários para viabilizar as operações em nuvem. Apesar de algumas empresas se destacarem pelo uso de energia renovável e soluções energeticamente eficientes, o Greenpeace alega que a maioria não está tomando atitudes suficientes para limpar suas operações ou promover a limpeza do setor como um todo.

Com certeza vocês notaram duas grandes ausências na lista: Apple e Facebook. O Greenpeace decidiu não incluir a Apple porque "não demonstrou liderança ou escolheu oportunidades de mercado que incorporem muitas das soluções energéticas em TI de seus concorrentes, apesar dos lucros históricos e das grandes reservas de capital”. O Facebook ficou de fora por razões semelhantes, mas o Greenpeace afirma que a empresa deve entrar no ano que vem, já que anunciou recentemente suas metas de uso de energia renovável, além de uma parceria com a Opower para desenvolver uma plataforma que permitirá aos usuários do Facebook comparar seu uso da energia e aprender a reduzi-lo.

A Oracle caiu bastante este ano por não ter especificado que tipo de energia move suas operações e em que proporção, sejam renováveis ou advindas da queima de combustíveis fósseis.

Estimulando empresas a melhorar
O ranking do Greenpeace não é perfeito, mas oferece aos consumidores de tecnologia uma ideia melhor do que essas empresas de TI estão realmente fazendo (e não o que apenas dizem que fazem) para reduzir seu impacto ambiental. Isso coloca o poder nas mãos dos consumidores, que podem apoiar ou comprar apenas os produtos fabricados por companhias que fazem a sua parte. Dentro da indústria, estes rankings podem estimular a competição entre as empresas mais responsáveis com ambiente. Em se tratando de grandes corporações, é sempre bom saber que alguém vigia suas ações e as confronta quando estão abaixo do padrão exigido. Neste caso, este “alguém” é o Greenpeace.

Você pode ler o relatório completo sobre a indústria de TI e os rankings individuais aqui (em inglês).


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