domingo, 22 de janeiro de 2012

Lixo hospitalar apreendido em PE é enviado de volta aos EUA


As 46 toneladas de lixo hospitalar vindas dos EUA, que haviam sido apreendidas no porto de Suape (em Pernambuco) em outubro do ano passado, foram embarcadas na noite deste sábado (21) em um navio para serem devolvidas ao país de origem.

Segundo informou neste domingo o Terminal de Cargas do porto de Suape, o lixo seguirá para o porto americano de Charleston, na Carolina do Sul.

O envio da carga estava marcado para o último dia 7, mas foi postergado por falta de documentação. De acordo com a Anvisa, a companhia marítima alemã Hamburg Süd, responsável pelo transporte dos contêineres ao Brasil, solicitou a emissão de documento pelas autoridades alfandegárias ou do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos avalizando o retorno da carga.

Além da devolução, a Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária) determinou a incineração de 50 toneladas do lixo importado --material que estava no depósito da empresa e vendido na região.
Receita Federal-PE.17.out.2011/Divulgação

O esquema de importação do lixo hospitalar foi descoberto após a Receita Federal interceptar, entre os dias 11 e 13 de outubro, no porto de Suape (PE), dois contêineres carregados com lençóis, fronhas e toalhas usados em hospitais dos EUA. Junto com tecidos manchados de sangue havia seringas, drenos e máscaras cirúrgicas usados.

No dia 14, a Folha encontrou lençóis semelhantes, manchados e com marcas de hospitais americanos, à venda em uma loja da Império do Forro de Bolso, em Santa Cruz do Capibaribe. A Vigilância Sanitária interditou o local. Dias depois, os outros dois galpões da confecção foram fechados.

A Receita Federal do Brasil informa que a carga de material hospitalar usado, que foi retida em outubro de 2011 pela Alfândega do Porto de Suape, será embarcada na manhã do próximo sábado, 21, com destino aos Estados Unidos.

O dono da Império do Forro de Bolso, Altair Teixeira de Moura, disse que o lixo hospitalar foi enviado por engano. Segundo ele, a empresa havia encomendado apenas tecidos de algodão com defeito, para a fabricação de forros de bolso.

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