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Ativista segura um cartaz com os dizeres “O Xingu é sagrado” durante manifestação em junho. Imagem: Guima San/ Creative Commons |
Uma guerra está prestes a ser deflagrada na Amazônia, e há muito em jogo. De um lado, fortes interesses políticos e econômicos se posicionam pela construção de uma usina hidrelétrica de alto impacto, impassíveis diante dos problemas sociais, ambientais e culturais que o projeto acarreta. Do outro, um número crescente de ativistas tenta conscientizar a população sobre o significado da usina para o futuro da nação e o bem-estar de seus cidadãos mais vulneráveis (e mesmo sem financiamento e fácil acesso à mídia, estão encontrando uma forma de transmitir sua mensagem).
O cineasta André D’Elia é um desses ativistas e espera que seu documentário, Belo Monte – Anúncio de uma Guerra, chame a atenção para a questão.

Para piorar a situação, o governo parece disposto a impor a construção da usina à revelia das recomendações dos órgãos federais. As polêmicas envolvendo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, (IBAMA) levaram à demissão de vários diretores, que foram substituídos por outros favoráveis ao projeto. Enquanto isso, manifestantes contrários a Belo Monte têm dificuldades para divulgar sua mensagem e obter um apoio mais amplo da sociedade.
Para destacar os impactos da usina e expor a forma tortuosa com que vem sendo planejada, André D’Elia gravou mais de 120 horas de entrevistas e depoimentos, compiladas no documentário acima. O diretor pede doações ao público para cobrir os custos de finalização e o lançamento no Brasil.
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