segunda-feira, 30 de abril de 2012

Abatido pelo plástico

Num atol perdido no Pacifico, albatrozes alimentam seus filhote com a poluição das grandes cidades que vai parar no mar, e, por causa disso, eles morrem aos milhares

 

Estômago de filhote de albatroz cheio de lixo: um terço deles é vítima dos detritos que as correntes arrastam para o meio do Oceano Pacífico e que são levados para o ninho como comida

 

Em pleno Oceano Pacifico, a mais de 3 000 quilômetros de distancia de qualquer continente, sem uma única fabrica ou cidade por perto, numa reserva de vida selvagem administrada pelos Estados Unidos, o plástico jogado no lixo causa uma devastação: ao ingeri-lo, filhotes de albatroz morrem aos milhares, engasgados, envenenados ou desnutridos.

Trata-se das Ilhas Midway, uma estreita faixa de areia e corais que serve de abrigo a 2 milhões de albatrozes e que, para infortúnio deles, fica próximo ao que se convencionou chamar de "lata de lixo do Pacifico" — um ponto no oceano para onde convergem correntes marítimas que, na passagem por grandes centros urbanos, arrastam todo tipo de lixo descartado indevidamente. Ao vasculharem o mar atrás de alimento, os albatrozes de Midway confundem lixo com comida. Parte eles engolem (uma pesquisa mostrou que todas as aves trazem algum tipo de plástico no corpo), parte levam de volta aos filhotes, resultando no que se vê no estomago da ave na foto destas paginas.

Calcula-se que um terço dos filhotes morra por causa disso. Para documentar a tragédia, o fotografo americano Chris Jordan pode visitar a reserva de Midway durante um mês em 2009. Ao longo do trabalho, manteve-se, segundo afirma, totalmente fiel as imagens que encontrou: "Nem um único pedaço de plástico nas fotos foi movido, colocado, manipulado, ajeitado ou alterado de alguma forma". Em outras palavras, poluição em estado bruto.


Fonte: planetasustentavel

terça-feira, 24 de abril de 2012

Gisele Bündchen lança desafio sustentável

'Nossa saúde depende da saúde do nosso planeta', escreveu Gisele

A top model Gisele Bündchen lançou ontem, em seu site oficial, uma campanha para festejar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho. O tema será “Economia Verde: Ela te inclui?”. Neste ano, os embaixadores serão Gisele, Don Cheadle – ator de “A Hora do Rush 2” e “Crash” –  e Ian Somerhalder – da série “Lost”. Como o Brasil vai sediar a iniciativa do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) , a visita deles é esperada para junho, no Rio de Janeiro.

Num vídeo em inglês, Gisele explica como participar da corrida sustentável. É simples. No site www.unep.org/portuguese/wed/, encontre uma atividade que o motive, registre-a e mostre o quanto você está engajado. “Nste ano, o Desafio do WED (Dia do Meio Ambiente em inglês) está de volta ainda maior e melhor, pois sua ação pelo meio ambiente pode lhe resultar em um carro de combustível eficiente”, diz Gisele no vídeo.

Pessoas individuais, escolas, grupos religiosos e ONGs podem participar. Em 11 horas de ação, o projeto já reuniu 7.615 propostas de preservação – incluindo pessoas da Palestina, do  Brasil, da Austrália e do México.

Ainda na onda de cuidados com a natureza, a top model  postou no Facebook: “Nossa saúde depende da saúde do nosso planeta. Vamos cuidar da nossa linda morada”. E aí, vai entrar nessa?

Créditos: http://naturezaepaz.blogspot.com.br/ 

Jornalista é executado a tiros na Avenida Litorânea, em São Luís

Décio Sá foi atingido com seis tiros na noite desta segunda-feira.
Jornalista trabalhava em O Estado e tinha um blog.

 

Por Zeca Soares Do G1 MA

O jornalista Décio Sá foi executado a tiros, na noite desta segunda-feira (23), por volta de 23h15, na Avenida Litorânea, em São Luís. Ele levou seis tiros de um homem que estava em uma motocicleta. Décio Sá tinha 42 anos e era repórter da editoria de política de O Estado do Maranhão e autor de um dos blogs mais acessados do Maranhão.


Segundo informações, um homem desceu da motocicleta, atravessou a pista e foi até o bar Estrela do Mar onde o jornalista se encontrava e disparou seis tiros. Um outro homem ficou aguardando o assassino do outro lado da pista.

"Foi um crime muito ousado. Foi um crime encomendado. As pessoas que entraram aqui no bar vieram com a intenção de executar o jornalista Décio Sá. As pessoas que testemunharam o fato disseram que o autor dos disparos não escondeu nem a cara", disse o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

Segundo o perito Jucy Ericeira, o jornalista recebeu seis tiros pelas costas, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. A perícia constatou que os tiros foram disparados de uma pistola 0.40, arma de uso exclusivo da polícia.

Repercussão
 
O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Leonardo Monteiro, disse que a morte do jornalista Décio Sá foi um atentado contra a liberdade de imprensa. "Eu estou muito abalado com esse trágico acontecimento que é uma covardia e um atentado contra a liberdade de expressão. Eu estou comunicando o fato a todo o país para que esse fato chegue às autoridades do Ministério da Justiça", afirmou.

Em nota, o Governo do Estado lamentou o crime e repudiou a ação, considerando-a "bárbara e cruel". Informou ainda que todas as providências já estão sendo tomadas para a prisão dos assassinos. Homens da Superintendência de Investigações Criminais e da Delegacia de Homicídios já iniciaram as averiguações para prender os criminosos.

Qualquer informação sobre os assassinos do jornalista Décio Sá, podem ser passadas ao Disque-Denúncia, pelos telefones 3223-5800, na capital, e 0300 313 5800, no interior do Estado. Não é necessário se identificar.

 

Fonte: g1.maranhao 

Polícia prende homens que furtavam trilhos da Vale em Miranda do Norte, MA

Trilhos seriam enviados para revenda em lojas de sucata de São Luís, MA.
Cerca de 50 trilhos e dois caminhões foram apreendidos com o bando.

 

Cerca de 50 trilhos de 12 metros foram apreendidos
em poder dos assaltantes (Foto: Divulgação)
Uma quadrilha especializada em furtar trilhos da Vale foi presa no último final de semana, no município de Miranda do Norte, a 137 km de São Luís, MA. A prisão foi resultado de uma ação conjunta entre a polícias civil e militar, e ocorreu no momento em que o bando fazia a retirada dos trilhos.

As equipes policiais chegaram até os criminosos após o vigia do local, suspeitando da atitude do grupo, denunciar a retirada dos trilhos no trajeto que passa pelo município. Durante a ação, foram detidos três maranhenses, de 35, 65 e 53 anos, um paulista, 53, e um pernambucano, 65. De acordo com o delegado, Odilardo Luis Lima, titular do 1º Departamento de Polícia, ao ser indagado sobre o motivo da retirada, o grupo apresentou um documento que supostamente teria sido emitido pela prefeitura, autorizando a ação.

“Quando o vigia perguntou quem tinha autorizado a retirada dos trilhos, o bando entregou uma declaração no qual dizia que a prefeitura tinha permitido a retirada e que os trilhos seriam utilizados na construção de uma ponte”, detalhou o delegado.

De posse do documento, o vigia se deslocou até a delegacia, onde mostrou a documentação e, imediatamente, o delegado solicitou a um vereador que reconhecesse a assinatura do prefeito. Após comprovar que a mesma era falsa, o delegado deslocou uma equipe até o local e deu voz de prisão à quadrilha.

Em poder do grupo, foi encontrado cerca de 50 trilhos de 12 metros cada e dois caminhões, um tipo Scania e um com um ‘braço’ mecânico. A polícia já tem informações de que os trilhos seriam enviados para São Luís, MA, para seram revendidos a lojas de sucata. “As investigações irão mostrar quem são esses receptadores na capital”, ressaltou Odilardo Lima. Após ser detido em flagrante, o bando foi encaminhado à Delegacia de Miranda do Norte, MA. No distrito policial, todos foram autuados por furto qualificado.


Bando utilizava dois caminhões para transportar trilhos furtados para São Luís, MA (Foto: Divulgação)


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Trabalhadores param as atividades nos canteiros de Belo Monte

Operários bloquearam acesso às cinco frentes de trabalho da usina.
Manifestação começou no km 27 da rodovia Transamazônica.

 

Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia Transamazônica.

O estado de greve dos trabalhadores começou na última quinta-feira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga. Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis em seis meses.

O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Os trabalhadores estão mantendo apenas os serviços essenciais nos canteiros de obras, como atendimento médico, segurança e alimentação.

A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de trabalho de Belo Monte. 

Entenda o caso

Esta não é a primeira vez que os operários de Belo Monte suspendem atividades nas frentes de trabalho da usina. No dia 29 de março os funcionários de dois dos cinco canteiros de obras paralisaram as obras exigindo melhores condições de trabalho.

A manifestação ocorreu após a morte de um operário em 27 de março. Francisco Orlando Rodrigues, que trabalhava para uma empresa terceirizada que executava serviços de supressão vegetal para o Consórcio Construtor da Usina, morreu em um acidente de trabalho.

Na época, os responsáveis pela obra informaram que as manifestações não estavam relacionadas ao falecimento de Rodrigues, e que ainda aguardavam a pauta de reinvindicações dos demais trabalhadores. As atividades nos canteiros foram retomadas no dia 30 de março.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Demarcação de territórios será prioridade dos povos indígenas nos debates da Cúpula dos Povos

Rio de Janeiro - A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) pretende levar ao Rio cerca de 1,2 mil índios brasileiros e mais 500 oriundos de outras regiões da América Latina, dos Estados Unidos, da Ásia e da África para participar do Acampamento Terra Livre (ATL 2012), durante a Cúpula dos Povos. O evento ocorrerá de 15 a 23 de junho, no Rio de Janeiro, em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

“Estamos trabalhando para isso”, disse hoje (17) à Agência Brasil a representante da Apib no Grupo de Articulação da Cúpula dos Povos, Sonia Guajajara. Segundo ela, a missão depende ainda de recursos financeiros.

No ATL 2012, o ponto principal dos debates será a questão dos territórios. “Não tem nada mais importante no momento do que a questão dos territórios indígenas, pela falta de regulamentação de muitas terras, pela falta de proteção e de condições para fazer a preservação desses territórios, devido às grandes invasões e ameaças constantes da pressão do agronegócio, da agropecuária”.

Relacionada aos territórios, será abordada, no ATL, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Congresso Nacional o poder de demarcar terras indígenas, quilombolas e áreas de conservação. “Hoje, a gente vive uma ameaça muito grande de retroceder no que se refere ao direito territorial”, observou Sonia. A PEC 215 já obteve parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e deverá ser votada por comissão especial da Câmara ainda este mês.

A dirigente da Apib avaliou que, se a demarcação de terras indígenas cair nas mãos do Congresso, “a gente sabe que é um risco muito grande de a gente perder tudo o que tem e não conseguir avançar mais com demarcação nenhuma”. Segundo ela, outros grupos correm o mesmo risco, como os quilombolas.

De acordo com Sonia, essa é uma das razões da mobilização que vem sendo feita pelos povos indígenas em várias regiões e estados do país. “Para fazer pressão sobre isso e dar visibilidade aos problemas existentes hoje, no que se refere às constantes violação e violência que os povos indígenas estão sofrendo”.

Outro tema da pauta do ATL é a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece que o governo obtenha o consentimento prévio, livre e informado dos povos indígenas, antes de tomar qualquer decisão que possa afetá-los. Segundo Sonia, que também integra a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), essa convenção não é cumprida. “Os grandes empreendimentos, principalmente, acontecem sem a consulta prévia que garante essa convenção”. A ideia é propor, na Cúpula dos Povos, procedimentos para a regulamentação das consultas.

Conheça 3 dispositivos que usam a água como fonte energética


A água é essencial para que haja vida. Mas, esse bem precioso também pode ser uma das opções para dar vida a aparelhos eletrônicos. Algumas invenções já utilizam a água como fonte energética. O CicloVivo separou três dispositivos que funcionam assim.

Mini Hidro Turbina– Carregador para celulares e pequenos aparelhos eletrônicos

O modelo foi criado pelo coreano Jin Woo Han e trata-se de uma mini-turbina de água, que utiliza a pressão hidráulica para gerar eletricidade.

O dispositivo foi projetado para se conectar a qualquer tubo para fazer uso da pressão da água em basicamente qualquer instância. A água corre através do aparelho, ativando a turbina hidroeletrônica. A energia é armazenada no gerador de eletricidade, que está ligado à tomada. Ele pode ser aplicado a qualquer gadget.

Essa eletricidade é suficiente para carregar telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis.

A energia pode ser usada conectando a turbina diretamente à torneira ou entre dois canos para carregar baterias. 

TubeBot – Um robô que monitora vazamentos em tubulações de água

O robô é uma solução eficiente para detectar fugas e reparação de sistemas urbanos de água potável é um projeto industrial da Kaunsthochschule Berlim. Ele é capaz de detectar defeitos e falhas nos tubos de água subterrâneas sem gastar energia. O dispositivo verifica uma extensão do sistema de tubulação e os dados são enviados a um local remoto.

O ponto de quebra é identificado e corrigido com um remendo pequeno de terra. Isto reduz tempo, trabalho e transtornos para as pessoas e o tráfego. O robô é capaz de funcionar sem utilizar baterias. Ele gera eletricidade a partir da pressão da água que lhe permite se manter em movimento.

Por outro lado, é capaz de identificar falhas em tubos que saem da estação de água, mas não tem a mesma eficiência nos canos menores, que se estendem a partir deles.

As cidades em todo o mundo são confrontadas com vazamento sistemas de abastecimento de água, causando enormes prejuízos financeiros e ambientais. Este conceito completamente limpo, garante uma gestão mais eficiente da água como um recurso precioso.

Samsung Water-Powered – Celular movido a água

Os telefones movidos a água foram uma ideia criativa que a Samsung tornou possível desenvolvendo uma nova bateria que pode ser recarregada com este recurso. A bateria usa a micro célula de combustível e um gerador de hidrogênio que funciona com a ajuda da água.

Quando o telefone está ligado ao gerador de hidrogênio, este gás é produzido e enviado para a micro célula de combustível. Dentro desta célula uma reação entre o oxigênio e o hidrogênio gasoso, resulta na geração de energia. O teste realizado diz que a carga pode manter um telefone funcionando por cerca de dez horas, mas isso também depende do gasto do usuário. Com informações do EcoFriend.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Preço de energia para entrega em março subiu 93%

"Essa alta é consequência da persistente escassez de chuvas e redução do volume de água armazenada nos reservatórios no período", disse o diretor-presidente da BRIX

 

 

São Paulo - O preço da energia elétrica de fonte convencional para entrega em março negociado na plataforma BRIX variou de R$ 69,71 por megawatt-hora (MWh), a R$ 134,47/MWh, o que representa uma alta de 93%. Os contratos de energia para entrega no mês passado foram negociados entre 12 de março e a última sexta-feira, 12 de abril (mês-base da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE).
"Essa alta é consequência da persistente escassez de chuvas e redução do volume de água armazenada nos reservatórios no período", disse, em nota, o diretor-presidente da BRIX, Marcelo Mello. Ele destacou também que o preço de curto prazo para entrega em abril já atingiu R$ 201 o MWh, patamar 49% superior a valor do fechamento do contrato de março.
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que utiliza como base o custo marginal de operação, para o submercado Sudeste/Centro-Oeste encerrou março com um valor médio de R$ 124,97 MWh, o que representa uma valorização de 146% ante o PLD médio de fevereiro, de R$ 50,67 MWh.
Já o índice BRIX Convencional, que representa o prêmio sobre o PLD do mercado, encerrou o período de 12 de março a 12 de abril a R$ 9,50 MWh com desvalorização de 50% em relação ao verificado no mês anterior. O patamar máximo alcançado no período foi de R$ 19,04 MWh, no dia 12 de março, e o mínimo de R$ 9,41 MWh, no dia 10 de abril.
Em recente entrevista à Agência Estado, Mello comentou que, tendo em vista o forte aumento do PLD, houve uma significativa redução da liquidez de curto prazo. Segundo ele, a alta do preço leva alguns agentes a exercerem seus direitos caso tenham contratos flexíveis, que preveem a possibilidade de consumo de uma parcela de energia variável.
Já o recém-lançado índice BRIX Incentivada 50% fechou março a R$ 171,00 MWh com alta de 60% em relação ao valor de fechamento no mês anterior, de R$ 106,65 MWh. O valor máximo registrado foi de R$ 171,67 MWh, no dia 03 de abril, e o mínimo, de R$ 106,65 MWh, no dia 12 de março. Esse índice se refere a contratos de energia elétrica de fonte incentivada (eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas) com 50% de desconto na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD), negociados a preço fixo para entrega no mês corrente no submercado Sudeste/Centro-Oeste.
 
Fonte: EXAME

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Simples e prático, observem.

sábado, 14 de abril de 2012

O MMA lança Manual de Resíduos Sólidos


Após agosto de 2012, acesso a recursos da União somente será possível por quem elaborar o plano. Em agosto de 2014, os lixões deverão estar encerrados
e os aterros sanitários apenas poderão receber rejeitos - resíduos sem capacidade de aproveitamento.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou, nesta terça-feira (27/03), em parceria com o ICLEI Brasil (Governos Locais pela Sustentabilidade) e Embaixada Britânica, a publicação “Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação”. O lançamento aconteceu durante a abertura oficial do I Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável: pequenos negócios, qualidade urbana e erradicação da miséria, evento organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos.

Além da publicação, será oferecido curso de ensino a distância. Baseado no manual, de forma simples e didática, tem como finalidade colaborar com cidades e estados no processo de elaboração dos planos de gestão de resíduos sólidos e, portanto, na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010.

A publicação sugere passos metodológicos que garantem participação e controle social e que busquem o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Ela faz parte da coleção Apoiando a Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos: do Nacional ao Local. O curso de ensino a distância, que teve as inscrições para a primeira turma abertas durante o evento, abordará o conteúdo do manual.

FORTALECIMENTO

Essas ferramentas fazem parte do programa de capacitação do Projeto GeRes - Gestão de Resíduos Sólidos, iniciativa do MMA que vem contribuindo com estados e municípios, na implementação da PNRS, promovendo o fortalecimento institucional através da capacitação técnica dos tomadores de decisão e gestores públicos envolvidos na elaboração dos planos. O GeRes soma-se ao movimento nacional de transformação do cenário e padrões de produção, tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Brasil, a fim de encontrar soluções sustentáveis e permanentes, otimizando a gestão e contribuindo para uma economia verde, de baixo carbono e inclusiva.

Os prazos estão definidos por lei. Após agosto de 2012, estados e municípios que não tiverem seus planos não poderão mais acessar os recursos da União. Após agosto de 2014, os lixões deverão estar encerrados e os aterros sanitários só poderão receber os rejeitos (resíduos sem capacidade de aproveitamento). As coletas seletivas dos diversos resíduos são agora obrigatórias e devem ser responsabilidade compartilhada entre o poder público e o setor privado envolvido em todo o ciclo de vida dos materiais.

Após esse lançamento, o projeto iniciará algumas fases de treinamento aos gestores públicos. A meta é ter, até julho de 2012, dois Estados e dois consórcios municipais com seus planos de resíduos sólidos desenvolvidos, de acordo com a Política Nacional de Resíduos sólidos; capacitar, pelo menos, 2 mil servidores públicos de todo o Brasil, disseminando conhecimento sobre a gestão de resíduos sólidos e tecnologias disponíveis por meio de publicações, cursos à distância e encontros presenciais, entre outros.

A publicação completa do Manual encontra-se no arquivo anexo.

Créditos: aneam.org.br 

Fonte: MMA
Anexos:
Fazer download deste ficheiro (Manual_de_residuos_solidos_28_03_2012.pdf)Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação[ ]

Pesquisadora descobre técnica capaz de remover metais pesados com uso de cascas de banana


Houve uma época em que todas as cascas de banana da casa da química Milena Boniolo, 30, eram guardadas. Nas mãos da então mestranda, a matéria-prima era transformada em uma arma para despoluir águas contaminadas por metais pesados, como chumbo.

A ideia de produzir algo para tratar efluentes era antiga. A pesquisadora já havia trabalhado com fibras de coco verde e nanotecnologia. O primeiro, diz ela, muitas vezes, mofava no processo. O segundo era caro demais para ser aplicado em larga escala.

"Que outro material pode ser reciclado e é barato e simples de encontrar em todo o país?", questionou. No país, a produção anual é de 6,9 milhões de toneladas por ano, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).

Levou a proposta de estudo para o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e insistiu incessantemente para que o projeto fosse aceito. "Não era o formato de pesquisa que a gente tinha lá, mas fiz o teste várias vezes para mostrar que era possível."

Para conseguir resultados, cortava as cascas e as deixava em temperatura ambiente, de aproximadamente 25º C, por cerca de uma semana. Depois, triturava e peneirava o material. O pó era misturado a uma solução com urânio por 40 minutos e o índice de remoção do metal chegava a, no mínimo, 65%. Bastavam 5 mg da farofa para despoluir 100 ml de água, segundo ela. Boniolo diz que os resultados são semelhantes com qualquer variedade da fruta.

O princípio da atração dos materiais, explica, é simples. "O processado da casca da fruta tem carga positiva e os metais pesados, negativa. Quando colocados juntos, eles se unem."

REUTILIZÁVEL

Mas podem se separar. Depois de processados, os metais que chegam a causar problemas neurológicos e câncer podem ser reutilizados, voltando para a cadeia produtiva. Eles são usados em indústrias como a metalúrgica.

A pesquisa de Boniolo despertou o interesse de instituições internacionais. Foi convidada a palestrar nas universidades Oxford, na Inglaterra, e da Califórnia, em Irvine, nos EUA. Além disso, algumas empresas a contataram.

"Quando as indústrias procuram, já estão com uma área contaminada e querem o trabalho para ontem", conta ela. Mas faltava a fórmula para adequar os resultados de experimentos feitos "em uma bancada de laboratório", em que são usados mililítros, a grandes volumes.

A solução deve vir do doutorado. Boniolo está no primeiro ano na Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho). "Sustentabilidade é cooperação, tem que haver interdependência entre academia, governo, empresas."


Fonte: Folha.com

Novo estudo sugere que a pipoca é um superalimento


Apesar de a pipoca já ter sido muito criticada por estar sempre se metendo em situações constrangedoras – como se lambuzar de manteiga nos cinemas ou abrigar produtos químicos nocivos nas versões para microondas – um novo estudo mostrou que ela é uma grande fornecedora de supernutrientes.

A pipoca, quem diria, tão acessível e fácil de encontrar! Engulam essa, superalimentos milagrosos com preços exorbitantes (estão ouvindo, frutas vermelhas?)
O Dr. Joe Vinson, pioneiro na análise nutricional de alimentos comuns, afirmou na 243ª Exposição e Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química que os polifenóis são muito mais concentrados nas pipocas, já que estas contêm, em média, apenas 4% de água. Produtos mais frescos contêm aproximadamente 90% de água, o que reduz o teor desse tipo especial de antioxidantes.

Um novo estudo revelou que o teor de polifenóis existente em uma porção de pipoca era de 300mg, contra 114mg de uma porção de milho e 160mg em uma porção de frutas. Além disso, uma porção de pipoca fornece cerca 13% da necessidade diária de polifenóis do organismo.
Além de ser rica em polifenóis, a pipoca ainda é um grão integral!

“A pipoca é o salgadinho perfeito, o único composto por 100% de grãos não processados. Todos os outros grãos são processados e misturados a outros ingredientes e, embora esses cereais sejam chamados de ‘integrais’, isso significa que apenas 51% do total do produto é composto por grãos integrais. Uma porção de pipoca fornece mais de 70% do consumo diário de grãos integrais. Uma pessoa consome, em média, apenas metade da porção indicada de grãos integrais por dia, e a pipoca pode preencher essa lacuna de um modo muito mais agradável”, disse Vinson, sobre os resultados do estudo.

Uma ressalva: tome cuidado com o tipo de pipoca que você consome. A pipoca vendida nos cinemas, a feita na panela com óleo e a de microondas podem ser pesadelos nutricionais se contiverem grandes quantidades de manteiga, açúcar ou xarope de milho. (Uma porção pequena de pipoca da Regal, a maior rede de cinemas dos Estados Unidos, contém 670 calorias – a mesma quantidade que uma fatia pequena de pepperoni da Pizza Hut).

As pipocas de microondas contêm cerca de 43% de gordura, entre outros ingredientes suspeitos. As pipocas feitas em pipoqueiras contêm a menor quantidade de calorias, e as feitas casa, com óleo vegetal, têm a segunda menor quantidade.

Pipoca caseira

Você não precisa de uma pipoqueira ou de um forno de microondas para estourar suas próprias pipocas. Este é o procedimento básico para prepará-las no fogão: coloque três colheres de sopa de azeite de oliva (ou um óleo de cozinha leve, se preferir um sabor mais neutro) em uma panela e aqueça em fogo médio-alto. Coloque dois ou três grãos no azeite e, quando estourarem, acrescente 1/3 de xícara de pipoca e tampe a panela. Sacuda a panela constantemente quando o milho começar a estourar, deixando o vapor escapar para evitar que fiquem encharcadas.  Quando os estouros diminuírem, retire a panela do fogo e coloque as pipocas em uma tigela grande. Tempere a gosto e bom apetite!



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Preso em armadilha, orangotango tenta arrancar a própria mão para sobreviver


O instinto de sobrevivência falou mais alto para um pequeno orangotango da Indonésia. Preso a uma armadilha na floresta, o animal tentou arrancar a própria mão para poder escapar.


De acordo com o jornal britânico Mail Online (12/4), foram quase dez dias de um terrível sofrimento até que finalmente o primata fosse resgatado. Depois de enfiar a mão na armadilha, Pelangsi, como passou a ser chamado, viveu um drama parecido com o do alpinista Aron Ralston, retratado no filme 127 horas: ele tentou arrancar a própria mão.

Enquanto Ralston tinha instrumentos que lhe permitiram escapar, ainda que mutilado, os dentes de Pelangsi não foram o suficiente. Por sorte, ele foi encontrado por um grupo de aldeões que acionou uma equipe local de caridade e preservação à vida selvagem, a “International Animal Rescue”.

Depois do atendimento emergencial, o primata está recebendo um tratamento intensivo e se recupera lentamente dos ferimentos, mas, infelizmente, veterinários terão de amputar a mão do orangotango para que o braço também não precise ser amputado.

Um fotógrafo que trabalha com a entidade, Chris Skone-Roberts, registrou imagens angustiantes do momento em que o animal foi encontrado. Ele disse, ainda, que a equipe acredita que o primata irá sobreviver. “Mas ele precisa estar forte o suficiente para que sua mão, que ficou destruída, possa ser amputada”, explica. O fotógrafo diz que a equipe de atendimento tratou o animal como um paramédico faria a um humano. Agora, é torcer pela recuperação de Pelangsi.

(Por: Equipe Globo Rural On-line)


Hidrelétrica polêmica é aprovada pelo Ibama após 10 anos

O projeto de construção da hidrelétrica de Santa Isabel, um dos empreendimentos de geração de energia mais polêmicos do Brasil, conseguiu dar dois passos fundamentais nas duas últimas semanas para que a usina, leiloada há dez anos, se torne realidade.

A primeira vitória dos empreendedores responsáveis pela obra - o consórcio Gesai, formado pelas empresas Alcoa, BHP Billiton, Camargo Corrêa, Vale e Votorantim Cimentos - foi dada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

No último dia 26, apurou o Valor, o Ibama, que muitas vezes reprovou o projeto da hidrelétrica, tomou uma decisão favorável em relação ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e ao Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de Santa Isabel. Para o Ibama, os estudos atuais estão tecnicamente corretos.

Com essa decisão, o consórcio fica agora livre para realizar a etapa de audiências públicas da obra, onde os estudos serão submetidos à população afetada pela construção. Colhidas as manifestações, o Ibama decidirá pela emissão - ou não - da Licença Prévia (LP) do empreendimento.

Outra medida crucial para o futuro de Santa Isabel partiu ontem da Agência Nacional de Energia Elétrica. Em uma decisão inédita da agência, sua diretoria colegiada decidiu prorrogar a concessão do empreendimento por 34 anos, prazo que só passará a contar quando a LP da hidrelétrica for efetivamente emitida pelo Ibama.

As decisões tomadas pelo Ibama e pela Aneel ajudam a tirar da gaveta um projeto que, para muitos, já era dado como morto. Estudada há mais de 40 anos, a usina de Santa Isabel foi projetada para ser erguida no rio Araguaia, na divisa do Tocantins e do Pará. Com capacidade instalada de 1.087 megawatts (MW) - e energia assegurada de 532,7 MW médios - sua geração é o suficiente para atender o consumo de 4 milhões de pessoas, o que corresponde a 60% da população do Pará.

Seu contrato foi assinado em abril de 2002 com o grupo Gesai, pelo preço de aproximadamente R$ 1,7 bilhão a ser pago durante os 35 anos da concessão. Nos últimos dez anos, porém, o consórcio não conseguiu cravar uma enxada no chão. Uma batalha de revezes ambientais, sociais e políticos chegou a levar seus empreendedores a tentar devolver a concessão à Aneel, o que acabou não se concretizando.

As divergências do projeto, de fato, não são poucas, tampouco simples de serem resolvidas. Santa Isabel está prevista para ser construída no local que esconde um dos sítios arqueológicos mais ricos do país. No seu caminho também fica a região que serviu de palco para a polêmica Guerrilha do Araguaia, no fim da década de 1960.
Para viabilizar o projeto e se afastar de questões polêmicas como essas, o consórcio Gesai se viu forçado a reformular radicalmente o projeto de engenharia da usina. O exemplo mais claro dessa mudança foi a redução do reservatório desenhado para o empreendimento.

A estrutura atual projeta uma barragem nove vezes menor do que a prevista nos estudos originais para a instalação da hidrelétrica, realizados na década de 1980. Em vez de ocupar uma área de 3 mil quilômetros quadrados, com uma queda de água de mais de 40 metros, o novo projeto passou a prever um reservatório de 236 quilômetros quadrados, já incluindo nesta conta a calha natural do rio.

A mudança encolheu drasticamente a região alagada e reduziu a queda d'água para 26 metros de altura. Em extensão, a previsão é de que 108 quilômetros do Araguaia sejam afetados diretamente pela barragem.

Segundo o consórcio Gesai, as alterações fizeram com que apenas uma terra indígena - a Sororó - e duas comunidades quilombolas - Pé de Morro e Projeto Baviera - estejam na área de influência direta da usina.

Em 2010, a população total que vive na área diretamente atingida pelo projeto foi estimada em 4.800 moradores, com 1.496 propriedades. No período de construção do empreendimento, o consórcio Gesai prevê a contratação de aproximadamente 5 mil pessoas.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, ainda há decisões sobre Santa Isabel que devem ser tomadas pela Secretaria do Tesouro Nacional. O consórcio Gesai solicitou que a taxa anual de Uso do Bem Público (UBP) assumida no contrato de concessão deixe de ser corrigida pelo índice do IGPM e passe a ser corrigida pelo IPCA. Hubner argumentou, no entanto, que essa decisão cabe ao Tesouro.

Procurado pelo Valor, o consórcio Gesai não quis comentar as decisões do Ibama e da Aneel. Ontem, após reunião pública realizada na sede da agência, em Brasília, representantes do grupo comemoraram discretamente a decisão da diretoria colegiada. "Perdemos um ano, mas ganhamos 34", disse um dos executivos, que não quis se identificar.

A previsão é de que oito municípios sejam afetados pela obra: Ananás, Araguanã, Xambioá, Riachinho e Paragominas, na margem do lado de Tocantins; Piçarra, São Geraldo do Araguaia e Palestina do Pará na margem do lado paraense.

De acordo com o Ibama, agora caberá ao consórcio Gesai preparar a divulgação dos estudos de impacto ambiental do projeto. O instituto fica com a responsabilidade de coordenar as audiências públicas, enquanto os empreendedores prestam os esclarecimentos.

Dado o histórico da usina de Santa Isabel, o empreendimento não chegou a constar no Plano Decenal de Energia do ano passado, relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que prevê a entrada de novos projetos em operação nos próximos dez anos. Agora, com o vento a favor, tudo indica que a hidrelétrica caminha efetivamente para os planos de expansão do governo, principalmente quando se trata de projetos na região amazônica.

Usina põe em xeque raro sítio arqueológico do país
 
A barragem de Santa Isabel põe em xeque um dos sítios arqueológicos mais ricos do país. A chamada Ilha dos Martírios, onde já foram identificadas mais de 3 mil gravuras rupestres, deverá ficar completamente embaixo d'água, após o enchimento do reservatório da usina.

A constatação faz parte do próprio relatório ambiental preparado pelos empreendedores de Santa Isabel. Em toda a bacia do rio Araguaia, o estudo constatou a existência de 568 sítios arqueológicos. Segundo o estudo, os sítios que se encontram na área diretamente afetada pela obra correspondem principalmente aos sítios de arte rupestre, dentre os quais destacam-se a Ilha dos Martírios e o Sítio Pedra Escrita.

"Estes, deverão receber maior cuidado, pois serão submersos pelo reservatório", informa o Gesai. Do total de sítios, 57 encontram-se na área diretamente afetada pelo empreendimento.

As ações recentes que aproximam cada vez mais o projeto de Santa Isabel de sua viabilidade podem minar os planos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde o ano passado, estava em curso um processo no instituto para conseguir o tombamento da região, decisão que tornaria Santa Isabel inviável de uma vez por todas. Essa iniciativa, no entanto, apurou o Valor, não avançou de lá para cá.
A riqueza arqueológica da Ilha dos Martírios é estudada desde o século XVIII. A ilha, cuja parte fica submersa durante seis meses por conta das cheias anuais do Araguaia, foi batizada pelos bandeirantes de "Martírios" por conta das gravuras que tem.

Trata-se de desenhos parecidos com os instrumentos utilizados no martírio de Cristo, como coroas de espinhos, cravos, martelos, cruzes e lanças. No sítio Pedra Escrita, lajeiros com gravuras rupestres somam 109 painéis já catalogados, com 586 figuras.

De acordo análises feita pelo Iphan, os sítios arqueológicos Ilha dos Martírios, Pedra Escrita e Ilha de Campo, todos vizinhos ao longo do rio Araguaia, integram a segunda maior área de concentração de sítios com arte rupestre do Pará.

"Os sítios são de grande importância científica e patrimonial. Trata-se, sem dúvida, de um dos mais ricos em arte rupestre do Brasil. Com efeito, conhecem-se apenas dois sítios com maior quantidade de gravuras registradas no país, ambos na região de Montalvânia (MG)", sustenta o Iphan.

(Por André Borges, Fonte: Valor Econômico)
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Queimar lixo não é a melhor solução, afirmam especialistas

Resolver problema de resíduos urbanos com incineração, como proposto em Maringá, é alternativa cara e com riscos de contaminação


Foto: Getty Images

PorMaria Fernanda Ziegler

O que é melhor fazer com as 150 mil toneladas de lixo urbano produzidas diariamente no Brasil? Apesar da pressão pelo aumento da coleta seletiva e reciclagem, que resultou na Lei Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010, em mais da metade das cidades do País ainda predomina o despejo dos resíduos em terrenos a céu aberto e sem nenhum tipo de tratamento – os chamados lixões.


O custo da obra está avaliado entre R$ 180 milhões e R$ 200 milhões. De acordo com o projeto, a meta da usina é queimar 500 toneladas de lixo por dia, no entanto, a cidade paranaense produz diariamente cerca de 300 toneladas.

Veja o mapa dos pontos de coleta seletiva em São Paulo

De acordo com especialistas ouvidos pelo iG, a solução que aparentemente é de alta tecnologia já se mostra antiga. Eles afirmam que existem mais de 100 usinas de incineração pelo mundo, mas que os resultados se mostraram pouco satisfatórios pelo excesso de monitoramento necessário. “Não é uma solução, o custo é muito alto, há contaminação e emissão de gases. É uma forma de arrancar dinheiro do contribuinte”, disse Sabetai Calderoni, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável e especialista em lixo. Para Calderoni, existem outras soluções como reciclagem e compostagem que se adequam melhor à realidade brasileira.

Infográfico: a cidade ideal
 
Uma das principais críticas à incineração é que ela não segue a lógica de redução da produção de lixo e do aumento da reciclagem, recomendadas pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Gina Rizpah Besen, mestre pela Faculdade de Saúde Pública da USP afirma que a política de incineração vai contra a lei por seguir uma lógica inversa ao não estimular a redução da produção de lixo. “Ela não é adequada do ponto de vista ambiental, porque para funcionar precisa de plástico e põe em risco os catadores de lixo e emite mais que um aterro sanitário comum”, disse. No entanto, de acordo com dados da Agência de Proteção ao Meio Ambiente da Grã-Bretanha mostram que a reciclagem e a compostagem aumentaram até 19% entre 2003 e 2004, quando as usinas britânicas começaram a funcionar. 
Outra crítica que ambientalistas fazem é que as usinas de incineração necessitam de material reciclável por ele ser mais comburente. “É necessário o uso de materiais de queima mais fácil. Manter uma usina queimando apenas lixo orgânico é muito caro”, disse Luciano Bastos, do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da Coppe/ UFRJ. No Brasil, em média, 60% do lixo é orgânico, o chamado lixo úmido, o restante é material que pode ser reciclado, como vidro e papel.

De acordo com Bastos, a capacidade mínima de uma usina de incineração para que ela seja economicamente viável é 150 toneladas de lixo por dia. Para se ter uma ideia, a cidade de São Paulo produz diariamente 15 mil toneladas de lixo e a do Rio, 9 mil toneladas.

Nem tudo é ruim

O grande trunfo da incineração, no entanto, está em gerar energia a partir do lixo. Aterros sanitários também podem gerar energia a partir da captação de gases emitidos pela decomposição do lixo, mas de acordo com estudo da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), a incineração é capaz de produzir cerca de 10 vezes mais energias que os aterros. “Nem sempre se consegue captar energia dos aterros, e paga-se muito caro para fazer sua distribuição”, concorda Calderoni.

Um projeto experimental de usina de incineração foi instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde 2004, a Usina Verde recebe diariamente 30 toneladas de resíduos sólidos, pré-tratados, provenientes do aterro sanitário no Caju.

Após passar pela triagem, o lixo é levado para forno fechado na Usina Verde que realiza a queima em temperaturas altíssimas de 950º C. Os gases resultantes desta queima são levados até uma caldeira, o vapor gira a turbina que gera a energia.

Para o professor Luciano Bastos, que coordenou o projeto da Usina Verde, o processo de incineração é monitorado o tempo inteiro para que não ocorra escape de gases para a atmosfera. Sobre a crítica de que a incineração gera moléculas cancerígenas que afetariam a saúde dos catadores, o pesquisador defende que os níveis gerados são os mesmos produzidos por veículos a diesel.

Gina afirma que o projeto da usina é muito mais caro do que campanhas educacionais para a redução e reciclagem de lixo. “Pode até ser que o sistema funcione, mas em geral ele é caro. Sabemos que já existem mecanismos de controle das emissões, mas não sabemos o efeito cumulativo disso”, disse. Para Calderoni, os custos de segurança não compensam: “É um negócio que precisa de fiscalização, que tem um custo muito alto”, critica.

Reciclagem é a melhor rota energética

Para Bastos, o ideal seria associar a reciclagem ao uso de tecnologias como o uso de biodigestores, onde o lixo é confinado em ambiente sem oxigênio e bactérias digerem o lixo gerando adubo a partir do lixo orgânico e gases que podem ser aproveitados em veículos.

“A incineração é uma alternativa, mas não é a única. Se houvesse coleta seletiva plena, não caberia ter incineração”, disse Bastos. Ele afirma que o ideal é reciclar “tudo o que for possível e depois aplicar as tecnologias”. Para ele apenas o material rejeitado pelos catadores pode ser aplicado para a incineração, tanto por motivos ambientais quanto econômicos.

“A reciclagem é a melhor rota energética do lixo, pois com ela a indústria economiza energia”, disse. De acordo com o pesquisador, cada tonelada de material reciclado gera três megawatts/hora de energia economizada, enquanto a melhor tecnologia de incineração gera energia a partir do lixo de um megawatt/hora.


Fonte: iG  

Índios suruís venderão carbono com selo verde

Arquivo Idesam

Uma tribo amazônica que até a década passada entregava suas terras à exploração ilegal de madeira será a primeira nação indígena do mundo a faturar com uma nova commodity: o carbono da floresta mantida em pé. 

Os paiter-suruís, de Rondônia, receberam na semana passada duas certificações internacionais que lhes permitirão fechar contratos para gerar créditos de carbono pelo desmatamento que evitarem em seu território. 

O projeto explora o chamado Redd (Redução de Emissões por Desmatamento), mecanismo que visa compensar financeiramente a manutenção de florestas tropicais, mitigando o gás carbônico que causa o aquecimento global. 

O líder da tribo, Almir Narayamoga Suruí, estima que o negócio possa gerar de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões por ano até 2038. O dinheiro será aplicado em uma espécie de "fundo soberano" para alavancar atividades econômicas sustentáveis, como o turismo e a produção agrícola nas terras já desmatadas. 

O Projeto de Carbono Florestal Suruí, fruto de quatro anos de negociação, é o primeiro esquema indígena de Redd a receber os selos VCS (Verified Carbon Standard) e CCB (Climate, Community and Biodiversity). 

Segundo Mariano Cenamo, do Idesan, ONG de Manaus que elaborou o projeto, o VCS dá a garantia aos investidores de que a tribo segue uma metodologia criteriosa para avaliar a redução das emissões. O CCB atesta que o projeto não afeta a biodiversidade ou os direitos dos índios.
O mercado mundial de Redd ainda é voluntário; sua regulamentação deve ocorrer em 2020. Apesar disso, só em 2010, ele cresceu 35% e hoje é estimado em US$ 250 milhões por ano no mundo. 

Segundo Michael Jenkins, diretor da ONG americana Forest Trends, os potenciais clientes dos suruís incluem empresas em busca de "créditos carismáticos" para neutralizar emissões de seu processo produtivo. Quinze países estão regulamentando mercados de carbono, e o Redd deve fazer parte deles. 

A validação do projeto ocorre no momento em que o Redd em terras indígenas anda na berlinda no país. 

A Funai (Fundação Nacional do Índio) e a Advocacia-Geral da União investigam 30 contratos de compra de créditos de carbono fechados por aventureiros com índios Amazônia afora. Um deles, entre a empresa irlandesa Celestial Green e os líderes mundurucus, do Pará, proíbe a tribo de usar a própria terra. 

O único projeto apoiado pelo órgão federal é o dos suruís -porque a etnia resolveu esperar a validação antes de assinar contratos. 

"Não faltou gente interessada", diz Almir Suruí. "Mas nunca recebemos um centavo. O projeto foi todo bancado com dinheiro de doação." 

O responsável por levantar a verba foi Jenkins. Ele estima em US$ 1 milhão o custo da montagem do projeto. O dinheiro foi usado em parte para contratar o Idesam, que inventariou o carbono estocado nas florestas da terra suruí e criou um modelo computacional para simular o desmatamento que ocorreria até 2038 sem o Redd. 

Outra parte bancou um escritório de advocacia para determinar se os índios tinham direito ao carbono de suas terras - têm. "Saiu caro, mas agora temos uma análise jurídica para 15% do território brasileiro", diz Jenkins, em alusão à área total das terras indígenas no país. 


Pernambuco vai produzir bioenergia a partir da vinhaça da cana

Esta é a primeira indústria produtora de bioenergia a partir de vinhaça, um subproduto da cana-de-açúcar l Foto: Divulgação/Cetrel


A Cetrel, empresa de proteção ambiental, uniu-se ao Grupo JB para inaugurar a primeira indústria produtora de bioenergia a partir de vinhaça. O subproduto do caldo da cana-de-açúcar é resultado da fabricação de etanol produzida pelo JB.

Em cada litro de álcool produzido são deixados 12 litros de vinhaça como sobproduto. Aproveitá-lo para gerar energia limpa é uma ótima alternativa. A usina está localizada em Vitória de Santo Antão, no interior de Pernambuco.

Inicialmente, a geração de energia utilizará 20% da capacidade total da empresa, que corresponde a cerca 0,85 MW de biogás. No total, 612 MW serão comercializados no mercado livre, mensalmente, afirma a empresa.

O biogás é gerado através de uma tecnologia de biodigestão própria para a vinhaça. Tendo em média 80% de metano, o biogás tem uma grande capacidade de queima em relação a outras fontes de resíduo, que geralmente possui 50% a 70% de metano. 

“Aplicamos os conceitos de biodigestão para desenvolver uma tecnologia específica e, deste modo, apresentar a vinhaça como uma excelente alternativa para produção de energia limpa no País”, diz a gerente da área de bioenergia da Cetrel, Suzana Domingues.

A gerente também explica como é alta a capacidade deste subproduto em gerar energia. “Para termos a dimensão desse potencial, na safra 2010/2011 foram produzidos 25 bilhões de litros de álcool, o que corresponde à geração de cerca de 300 bilhões de litros de vinhaça. Este volume seria suficiente para gerar 1.600 MW, aproximadamente 45% da capacidade instalada de uma hidrelétrica como a de Jirau, com vantagem de produzir energia de forma descentralizada e sem impacto para o meio ambiente”, analisa Suzana.

De acordo com o presidente do Grupo JB, José Carlos Beltrão, a maior parte das 440 usinas sucroenergéticas do país podem utilizar a mesma tecnologia.  Ele garante que o biogás pode ser aplicado em caldeiras na própria usina, ou indústrias próximas, ou ser usado também como biogás veicular, após tratamento para atingir a especificação.

Para que o projeto seja aplicado em outros locais é necessário observar alguns fatores.  “Primeiro entendemos as necessidades do empresário e estudamos as condições da vinhaça produzida na usina, depois definimos qual o projeto mais adequado em termos de escala e aplicação para obter uma estimativa do investimento”, explica Suzana.

Segundo a especialista, para ser economicamente viável, o volume de vinhaça disponível deve ser de, no mínimo, cinco a seis mil metros cúbicos/dia (5 a 6 mil m3/dia), dependendo da aplicação e da qualidade do insumo.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ibama realiza operação em Cachoeira da Serra, no Pará

Castelo dos Sonhos (04/04/2012) – O Ibama, com apoio da Polícia Federal, Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Batalhão de Polícia Ambiental do Pará (BPA), iniciou nesta segunda-feira (02/04) uma operação de combate ao desmatamento, em Cachoeira da Serra/PA, em busca de explorações clandestinas no entorno da Terra Indígena Menkragnoti, da Reserva Biológica da Serra do Cachimbo e da Floresta Nacional do Jamanxim.

Já no primeiro dia de ação, cerca de 2 mil hectares de desmates de 2011 e 2012 para a implantação de pastagens ilegais foram identificados em diversas fazendas e quatro tratores, uma motosserra e uma espingarda terminaram apreendidos numa exploração ilegal de madeira. 

Antes de chegar a essa localidade, fiscais do Ibama desenvolviam outras duas operações no oeste paraense desde 19 de março em que identificaram desmates ilegais, descumprimento de embargos entre 2009 e 2011 e fraudes no comércio de madeira. Os alvos eram municípios como Óbidos, Itaituba, Novo Progresso e Altamira.

Há cinco dias, ao passar por Cachoeira da Serra para checar possíveis polígonos de desmatamento ilegal e definir nova frente de atuação, a equipe de fiscalização do Ibama e do ICMBio sofreu uma emboscada. As forças federais se deslocaram à região para fortalecer a segurança dos agentes desses dois institutos, enquanto inciam esta nova operação de fiscalização.

O coordenador de Operações de Fiscalizações do Ibama, Gustavo Podestá, que chegou à região após o incidente, acredita que a emboscada foi uma tentativa de intimidar a fiscalização. "Essas extrações ilegais abastecem as madeireiras envolvidas nos esquemas de esquentamento de madeira que vínhamos reprimindo”, justifica. 

Comunidade nega

A Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar a emboscada aos agentes ambientais do Ibama e do ICMBio. No sábado (31/03), peritos examinaram o local da troca de tiros e servidores do Ibama e militares do BPA foram ouvidos. A PF trabalha com as hipóteses de tentativa de assalto, retaliação da comunidade contra a atuação do Ibama ou uma ação organizada por um fazendeiro de Cachoeira da Serra para impedir a retirada do seu maquinário apreendido pelo instituto numa extração ilegal.

O presidente da Associação de Produtores Rurais de Cachoeira da Serra, Luiz Carlos Dechantt, procurou a coordenação da operação do Ibama para negar que a emboscada tenha partido da comunidade e disse que repudia qualquer ato de violência contra os servidores.




 
Nelson Feitosa
Ascom - Ibama/PA
Fotos: Nelson Feitos/Ibama